segunda-feira, dezembro 29, 2008
Presidente palestino afirma que Hamas poderia ter evitado ataques em Gaza
O presidente palestino Mahmoud Abbas disse no último domingo que o grupo islâmico Hamas poderia ter evitado os ataques israelenses em Gaza se prosseguissem com a trégua.
“Falamos com eles e lhes dissemos: 'por favor, pedimos a vocês, não acabem com a trégua. Deixe a trégua continuar' então nós poderíamos ter evitado o que aconteceu”, disse ele no Cairo.
Numa coletiva de imprensa com o Ministro de Relações Exteriores Ahmed Aboul Gheit, Abbas disse que desejava proteger a Faixa de Gaza. Ele ainda falou que estava interessado no retorno dos diálogos o mais rápido possível. Abbas já temia uma invasão em Gaza, criticando os ataques de foguetes sobre Israel como sendo atos de tolice.
quarta-feira, dezembro 17, 2008
Confraternizações empresariais e dívidas ocultas
Trata-se de uma variação da norma de reciprocidade. Quando recebemos um presente, estamos sendo quase que obrigados a retribuir. Não retribuir significa quebra do ciclo. Ou, na linguagem comum: “Pega mal não retribuir”.
Esse comportamento pode ser encontrado em diversas sociedades. Mas numa delas isso existe de forma bem evidente, chegando a encontrarmos manipulação estratégica por parte de seus integrantes. Como nos diz Jon Elster:
Um caso extremo desse altruísmo ambíguo encontra-se na descrição feita por Colin Turnbull da doação e do sacrifício entre os ik de Uganda:
"Essas não são expressões da crença tola de que o altruísmo é possível e desejável: são armas afiadas e agressivas que podem ter diversos usos. Mas o propósito do presente pode ser contrariado por sua não aceitação. Grande parte da engenhosidade dos ik converge para impedir a pretensa recusa. O objetivo é construir toda uma série de obrigações de modo que, em épocas de crise, tenha-se um número de dívidas acumuladas para serem cobradas; com sorte algumas delas podem ser pagas. Nesse sentido, justificam-se grandes sacrifícios, dadas as circunstâncias de vida dos ik, até o limite de condições mínimas de sobrevivência. Mas um sacrifício que pode ser rejeitado é inútil e, assim, se chega ao estranho fenômeno de que pessoas bastante egoístas em outros aspectos se desviem de seus rumos para ‘ajudar’ outros. Na verdade estão ajudando a si mesmas; a ajuda pode ser extremamente ressentida, mas é oferecida de tal modo que não pode ser recusada, porque, de qualquer modo, já foi dada. Sem que lhe tenha sido pedido, alguém pode lavrar a terra de outro em sua ausência, ou refazer sua cerca, ou participar da construção de sua casa, o que poderia ser perfeitamente feito pelo próprio dono e sua mulher. Certa vez, vi tanta gente cobrindo um telhado de sapê que este quase despencou, e não adiantaram os protestos do dono da casa. Trabalho feito é dívida contraída, uma boa razão para tomar cuidado com o vizinho. Lokeléa sempre foi uma pessoa impopular por aceitar esse tipo de ajuda e recompensá-la, no ato, com comida (o que ele sabia muito bem que não seria rejeitado). Essa oferta negava a dívida" (Turnbull, 1972, p. 146) (8).
Cão resgata animal atropelado no Chile
Uma câmera de vigilância de uma estrada de Santiago gravou imagens de um cão andando entre carros em alta velocidade para puxar o corpo de outro cão que morreu atropelado.
A cena foi mostrada por canais de televisão chilenos, postada em canais de compartilhamento de vídeos na web e centenas de milhares de pessoas viram as imagens até esta segunda-feira, 8. Equipes da estrada removeram os dois animais da Vespucio Norte na quinta-feira, 4, e o herói fugiu. Autoridades dizem que as imagens do resgate fizeram com que algumas pessoas ligassem e se oferecessem para adotar o animal, mas ninguém conseguiu achá-lo.
Carnatal 2008
sábado, novembro 22, 2008
Voltando: falando de Lula e de cotas
Obama presidente e mais uma de Lula: Vejam o que Lula falou, logo após saber da vitória de Obama: “(..) o Brasil deve se orgulhar da vitória de Obama pois o Brasil é a 2ª maior nação negra do mundo, só perdendo para a Nigéria. É importante ter um negro como presidente dos Estados Unidos da América do Norte”. Duas coisas: 1ª) O Brasil é um país de mestiços, não importa como o povo se identifique: branco ou negro. Qualquer uma das nações africanas possui mais negros do que no Brasil. Não apenas a Nigéria. 2ª) Será que existe um Estados Unidos da América do Sul?
Mais cotas universitárias: Projeto de cotas prevê 50% das vagas em universidade federais para para estudantes que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas. As vagas serão preenchidas com reservas para negros, pardos e indígenas na proporção da população de cada Estado, estipulada pelo censo da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Até entendo cotas para quem precisou ter um ensino médio ruim, mas isso acarreta numa situação nova, pois, com uma base de conhecimento precária, o aluno terá uma dificuldade muito grande para apreender os conhecimentos de nível superior. Isso é o que já ocorre na UERN. Os universitários que entraram pelas cotas possuem um desempenho muito baixo. Segundo um professor da instituição, muitos não sabem nem fazer uma regra de três. Outra coisa, nunca fui a favor de cotas racistas. É como admitir que os “negros” não conseguem competir com “brancos”, no vestibular. Além de isso ser falso, é discriminatório.
domingo, outubro 26, 2008
quarta-feira, outubro 01, 2008
Igreja Universal vende diploma com assinatura de Jesus Cristo para deficiente mental
Além de uma "chave do céu", também comprada por Edson, a igreja realizou outras promessas extraordinárias em troca do dinheiro da vítima. Diante disso, sua mãe recorreu à Justiça para recuperar o dinheiro perdido.
De acordo com o processo movido por sua mãe, Edson começou a freqüentar a igreja a partir de1996. Desde então era induzido a participar de reuniões sempre envolvendo contribuições financeiras.
Nessas reuniões, Edson teria sido levado a comprar uma “chave do céu” e, além disso, a vítima chegou a receber um diploma de dizimista assinado por ninguém menos que Jesus Cristo.
Comentário: Nessa igreja, os esforços para se obter lucros passam por cima de qualquer ética, seja ela do céu ou da terra. Não há dúvidas que uma instituição desse tipo não pode trazer benefícios numa sociedade sã, pois, por meio de promessas vazias e forte manipulação, esses indivíduos reduzem a capacidade intelectual e financeira de pessoas que sofrem com problemas que poderiam ser resolvidos através de outra orientação. É de admirar que os membros dessa organização - cientes de seu charlatanismo e de seu objetivo exclusivamente financeiro - durmam tranquilamente sabendo que engana milhares ou até milhões de pessoas diariamente.
domingo, setembro 21, 2008
Ônibus 174: a violência urbana e a saudade do óbvio
É preciso cautela para comentar um filme que ainda não vi, nem sequer está nos cinemas, ainda. Podemos, por enquanto, basear em informações prévias sobre o filme para tecer alguma opinião.
O filme sobre a tragédia do ônibus 174 nos traz uma abordagem preocupante, bem parecida com aquela de Cidade de Deus. O lado do bandido é o ponto. O bandido é o personagem principal. Problemas sociais, a pobreza, a violência urbana e a piedade são pontos evocados como justificação de uma vida criminosa. O bandido é visto como vítima; e a vítima é vista como o quê? No ponto de vista de filmes com esse tipo de abordagem, a vítima morta pelo bandido é apenas uma coadjuvante, tanto do filme como na própria vitimização. A vítima maior é o bandido. A mulher que tentava viver sem violência, numa vida também penosa, é uma vítima menor. Temos pena dela, mas isso é apenas uma conseqüência dos problemas sociais. Esquece-se a culpa do bandido, coitado, vítima primeira da sociedade. Nós somos os culpados. Veja que estranho: segundo esses filmes, a culpa é minha e sua. Nós somos os assassinos. Por favor, me prendam.
É perigosa a exibição e o reconhecimento desse tipo de justificação social do crime. Pobres bandidos. Pobres assaltantes. Pobres assassinos. Pobres estupradores. Vamos ter pena dos criminosos. Parece que o óbvio está cada vez mais distante. Por que não mostramos a vida das verdadeiras vítimas, antes de terem sido finalizadas permanentemente pelo bandido? O sofrimento do bandido foi maior? Quem julga isso?
Tentar viver dentro das normas e longe do crime é difícil. Fácil é chutar o pau da barraca, arranjar uma arma e sair por aí – liberto das normas sociais – praticando a violência primordial: “Pego o que eu quero. Sua vida é minha agora porque eu quero! Passe o dinheiro!” A justificação social do crime facilita mais ainda: “Sou desempregado. Sou pobre. Logo, posso matar para sobreviver”. É a lei da selva - que rege onde não há humanidade - cada vez mais expulsando a lógica da obviedade e do Homem. Está chegando o dia em que não será preciso livrar-se das normas para praticar crimes, pois - segundo a lógica divulgada por esses filme - a sociedade deverá considerar normal tais atitudes, simplesmente por que elas são compreensíveis; como se o fato banal de entender as causas do crime fosse suficiente para amenizar a culpa de seus praticantes. Retornamos à selva. Mas é uma nova selva, agora justificada.
Aqui em Natal uma enfermeira morreu por um bandido que assaltava o ônibus no qual ela se deslocava para ir ao trabalho. O bandido, coitadinho, continua solto, pronto para outros assaltos e outras mortes. Vamos ter pena de quem?
terça-feira, setembro 02, 2008
Motorista que beber pode ficar sem seguro de vida
Foi rejeitado o recurso de Maria Dilza Porto, viúva de motorista, que reivindicava o recebimento da indenização. O STJ referendou decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que já havia isentado a seguradora do pagamento.
A antiga jurisprudência previa pagamento do seguro.
quinta-feira, agosto 28, 2008
Ministério Público recomenda defesa da imagem pública de presos
Segundo a assessoria de comunicação do MP,dentre as medidas recomendadas, também está o fim das apresentações de presos aos veículos de comunicação, preservando ainda o direito dos presos que desejarem manifestar opiniões ou fazer denúncias através dos veículos de comunicação.
Em seu pedido, o Ministério Público Estadual sugeriu o prazo de dez dias para que o Secretário Estadual de Segurança Pública e Defesa Social edite um ato administrativo que proíba a apresentação à imprensa de qualquer preso, seja nas dependências de Delegacias de Polícia ou em quaisquer outros prédios utilizados pelas Polícias Civil ou Militar.
Comentário:
Não sou a favor de ações que melhoram a vida de criminosos. Trata-se de prioridades. Num país como o Brasil - onde o crime aumenta na mesma proporção do medo das pessoas de bem - propor ações benéficas a indivíduos que roubam, matam, estupram não é algo que podemos chamar de sensato. Talvez essas recomendações sirvam em outros países, cujos crimes sejam mais raros, mais leves, boa parte oriunda de pessoas com problemas mentais. Não é o caso do criminoso que mata e rouba por que é mais fácil do que trabalhar.
Entendo o Minitério Público, que apenas faz seu trabalho de defender o direito das pessoas, garantido na legislação brasileira. Mas entendo também, e mais ainda, o carcereiro que tortura, o policial que bate, ou que mata o bandido. Vamos gastar dinheiro público com ladrões, assassinos e estrupadores ou com hospitais melhores? Já disse: prioridades.
Em relação à proibição da exibição do preso à imprensa, estaremos protegendo a imagem, reputação do condenado ou impedindo que a sociedade conheça seus criminosos? Qual é a prioridade? Devemos proteger bandidos? Talvez o óbvio esteja se distanciando de nossos olhos.
Operação Impacto: Quem vai votar neles?
Emilson Medeiros (PPS)
Dickson Nasser (PSB)
Geraldo Neto (PMDB)
Adão Eridan (PR)
Renato Dantas (PMDB)
Adenúbio Melo (PSB)
Edson 'Sargento' Siqueira (PV)
Aluísio Machado (PSB)
Carlos Santos (PR)
Júlio Protásio (PSB)
Aquino Neto (PV)
Salatiel de Souza (PSB)
Edivan Martins (PV)
Veja mais em: http://www.nominuto.com/politica/operacao_impacto_juiz_do_caso_entra_de_ferias_dia_7_de_agosto/24305/
terça-feira, agosto 05, 2008
Josivan Barbosa toma posse como Reitor da Ufersa
Juntamente com Josivan, também toma posse como Vice-reitor o professor Marcos Filgueira, ambos com mandato de quatro anos.
Saiba mais em:
UFERSA: Josivan toma posse como reitor na próxima segunda-feira
segunda-feira, agosto 04, 2008
sexta-feira, agosto 01, 2008
UFERSA: Josivan toma posse como reitor na próxima segunda-feira
Ontem, dia 31/07, foi publicado no Diário Oficial da União, o decreto nomeando o professor Josivan para exercer o cargo nos próximos quatro anos.
Segundo Josivan, em Mossoró será realizada uma recondução da posse. Ele disse ainda que logo após tomar posse, vai assinar a posse do seu vice, Marcos Filgueira.
A posse de Josivan Barbosa foi considerada polêmica, após o ex-candidato da última eleição da Ufersa, Everardo Praça, entrar com mandado de segurança com pedido de liminar na Justiça Federal para tentar impugnar a posse. Para mais informações sobre isso, veja a última postagem deste blog.
quarta-feira, julho 23, 2008
UFERSA: Justiça revoga liminar que impedia posse de Josivan Barbosa
O Juiz Federal Marcos Mairton revogou ontem liminar que impedia posse de Josivan Barbosa como reitor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido(Ufersa). Segundo o magistrado, ele decidiu revogar após rever o caso diante do parecer do Ministério Público, que foi favorável à legalidade do ato do Conselho Universitário da Ufersa.
O autor do pedido de anulação das eleições e do ato do Consuni, Everardo Praça disse que pretende recorrer dessa nova decisão.
Agora, o reitor Josivan Barbosa aguarda que o MEC publique a nova data da sua posse.
Entenda o caso
- Nas últimas eleições para a reitoria da Ufersa, Josivan Barbosa reelegeu-se, ficando Everardo Praça em segundo colocado.
- Josivan Barbosa foi nomeado reitor da Ufersa pelo presidente da repúbica em 27 de fevereiro de 2008. O prazo para a posse era de 30 dias. Passado este tempo, o Ministério da Educação não convocou o professor para a posse, tornando sem efeito a nomeação presidencial.
- Por essa falha, o ministério solicitou a re-homologação da lista tríplice com os nomes dos três primeiros colocados nas eleições, para que fosse marcada uma nova data para a posse do reitor, de forma a seguir os procedimentos burocráticos necessários.
- Atendendo a solicitação do MEC, o Conselho Universitário (Consuni) reuniu-se e re-homologou a lista tríplice.
- Diante da perda do prazo e da decisão do Consuni, o segundo colocado nas eleições, Everardo Praça, decidiu entrar na justiça para anular o ato do Consuni e as últimas eleições para reitor.
- No último dia 9, a Justiça Federal concedeu liminar parcialmente favorável ao pedido de Everardo, que anulava o ato do Consuni.
- Ontem, dia 22, diante de parecer do Ministério Público, a Justiça Federal revogou a liminar, dando validade ao ato do Consuni.
sábado, julho 12, 2008
Senado cria 97 cargos de 10 mil reais, sem concurso público
Nota: Essa decisão foi uma atitude perfeita para piorar ainda mais a questão do tráfico de influência e da compra de votos no Brasil, prejudicando de forma triste a imagem do senado como um órgão sério. O único que teve bom senso foi Garibaldi. Os demais não estão nem aí.
A Justiça invalidou as eleições da UFERSA?
Com objetivo de anular todo o processo de escolha do atual reitor e abrir novas eleições, o professor Everardo Praça, segundo colocado nas eleições, levou a questão para a Justiça Federal através de um Mandado de Segurança, devido à perda do prazo de posse de Josivan. Em entrevista ao Jornal de Fato, o reitor pro tempore Josivan Barbosa disse que quem atrasou a posse foi o ministério, e não ele ou a universidade.
Na última quarta-feira (09/07), o juiz federal Marcos Mairton foi parcialmente favorável ao pedido de Everardo e concedeu liminar anulando apenas a decisão do CONSUNI e solicitou à UFERSA explicações sobre o caso dentro de 10 dias. Até lá, a situação ainda está indefinida.
quinta-feira, julho 03, 2008
UFERSA: Eleição vai ser questionada na Justiça
Oito meses depois de realizada a eleição que escolheu o professor Josivan Barbosa como o reitor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), ocorrida em outubro do ano passado, vai ser questionada na Justiça Federal pelo professor Everardo Praça, que ficou em segundo lugar na disputa pelo comando da instituição. O candidato derrotado alega que Josivan Barbosa perdeu o prazo de posse no cargo e o Ministério da Educação (MEC) enviou ofício pedindo que a universidade realize nova eleição para escolha do reitor.
O reitor pro tempore contesta a informação e diz que o MEC solicitou apenas uma coisa: que o Conselho Universitário (CONSUNI) homologasse novamente a lista tríplice com os nomes dos três primeiros colocados na eleição de outubro, para que a nomeação e posse do reitor fossem marcadas novamente, em virtude da perda do primeiro prazo. A nova homologação aconteceu na tarde de terça-feira, em reunião extraordinária do conselho.
Na próxima semana, o documento será levado ao ministério, pelo reitor, para que uma nova data seja marcada para sua nomeação e posse. "Quem atrasou a posse foi o ministério, não a universidade ou a minha pessoa", disse Josivan Barbosa.
Depois de eleito com 52% dos votos, Josivan Barbosa foi nomeado reitor da Ufersa pelo presidente Lula através do decreto de 27 de fevereiro deste ano. O prazo para posse no cargo era de 30 dias. Passado este tempo, o Ministério da Educação não convocou o professor para a posse, tornando sem efeito a nomeação presidencial. "Por essa falha o ministério teve de pedir novamente a formação de lista tríplice, com os nomes dos três colocados na eleição, para que seja feita uma nova nomeação, e marcada uma nova data de posse. Em nenhum momento, o documento fala em novas eleições", comentou Josivan Barbosa.
Já o professor Everardo Praça alega que o documento é claro: "O ofício diz que a universidade deve realizar novamente todos os atos para composição da lista tríplice. Isso quer dizer tudo, inclusive eleições", comentou. Com essa interpretação Everardo decidiu ingressar, na tarde de hoje, com um mandado de segurança na Justiça Federal pedindo que a homologação da lista tríplice feita pelo Consuni na reunião de terça seja anulada e haja nova eleição para reitor da universidade. "Vamos buscar na Justiça nosso direito", disse.
"Oposição tem liberdade para fazer o que quiser" Em entrevista na tarde de ontem, em seu gabinete, na Ufersa, o reitor pro tempore Josivan Barbosa comentou a polêmica sobre o ofício do MEC e fez questão de tranqüilizar a classe acadêmica. "Não há nenhum pedido de nova eleição. O que há é um pedido burocrático para confirmação do nome vencedor na última eleição e homologado pelo Consuni para marcação de nova data de nomeação e posse no cargo", comentou.
O reitor destacou que a universidade não teve nenhuma culpa pela perda do prazo para posse no cargo. "Encaminhei vários ofícios ao MEC e cheguei a ir a Brasília para saber sobre essa data, já que o prazo estava terminando. O ministério garantiu que iria tratar do assunto dentro do prazo, mas não fez isso. Por isso, a primeira nomeação (para o cargo de reitor), de 27 de fevereiro foi revogada, e o MEC solicitou novamente a lista tríplice para que seja feita uma nova nomeação. Mas o resultado continua o mesmo", disse.
Ele respeitou a decisão da oposição de questionar a eleição na Justiça, mas garantiu que não há nenhuma ilegalidade no processo. "A oposição tem toda a liberdade para fazer o que quiser, mas fui eleito com a maioria dos votos num processo totalmente ético e transparente", comentou.
sexta-feira, junho 27, 2008
Mossoró Cidade Junina é show!? Doido é quem acredita!
A princípio, o texto pareceu-me mais uma tentativa de esconder a real situação da segurança do evento, enquanto defende-se de acusações de Sandra Rosado, que teria criticado o evento nos seus meios de comunicação.
Tentar defender o evento é aceitável, mas dizer que "é show" é a mesma coisa que chamar o povo de burro. O autor do texto defendeu o evento de Fafá Rosado, dizendo que contabiliza bons resultados, que são:
1) Lucro dos barraqueiros, mais ou menos uns 21 deles.
2) Notícia no Jornal Nacional ( grande coisa!)
Discordo dele pois:
1) Não importa o lucro de quem quer que seja: três mortes e vários feridos não compensam isso. Não há dinheiro que compre a tranquilidade que o povo tanto deseja.
2) Não importa notícia positiva no Jornal Nacional, o povo sabe que é diferente. Antes, quando não tínhamos chuva de bala da bandidagem em cima dos cidadãos de bem, era bom. Mas agora, de que adianta essas noticiazinhas?
Enfim, não é preciso que a oposição jogue lama no Mossoró Cidade Junina. Os fatos já bastam para que sua imagem permaneça negativa. A situação da segurança em Mossoró é complicada e todos esses problemas do Mossoró Cidade Junina é reflexo disso.
Veja: Mossoró Cidade Junina: doido é quem vai
sexta-feira, junho 20, 2008
Em defesa de Dunga, ou mais ou menos isso
Segundo enquete do portal UOL, 84% dos votantes achou correta a atitude da torcida mineira - durante o jogo entre Brasil e Argentina (0 x 0) - que chamou o técnico brasileiro Dunga de burro e jumento.
Acho injusto chamar Dunga de jumento. Pelo menos não por empatar com o timaço argentino. Não é à toa que somos rivais. Bem pior é perder para o Paraguiai e para a Vanezuela – ambos por 2 a 0. Isso sim é ruim. Mas a culpa é só dele?
Tenho dúvidas se esse torcedor é realmente argentino. Saiu no portal UOL uma informação dizendo que era um torcedor argentino fazendo uma graça.
Na verdade, Dunga – juntamente com os jogadores (é bom lembrar disso) – conseguiu um empate com o seu maior rival, coisa que está longe de ser um desastre. Eu, pessoalmente, pensei que iríamos perder. Mesmo que o povo o chame de jumento, é indiscutível que o resultado foi melhor do que nos últimos dois jogos, quando perdeu para duas seleções de países cujo futebol não é conhecido pela qualidade.
Além do mais, culpar o técnico é uma saída simplista. Afinal, quem perdeu todas as oportunidades de gol não foi Dunga. Quem deu os passes errados também não. Sendo assim, a culpa é de toda a equipe. O que o técnico pode fazer quando sua estratégia de jogo leva o seu time até a “cara” do gol e seus jogadores não acertam o chute?
Porém, apesar disso, tenho que concordar com esta charge:
sábado, junho 14, 2008
Fenômeno Miguel Mossoró, o temor dos poderosos
Este texto é dirigido para aquelas pessoas que ainda não compreendem ou insistem em combater fenômenos políticos do tipo Miguel Mossoró, que em 2004 – apesar de apresentar propostas fantásticas e uma postura brincalhona - alcançou um inédito e expressivo terceiro lugar nas eleições para a prefeitura de Natal/RN, deixando candidatos como Fátima Bezerra (PT) e Ney Lopes(PFL) para trás.
Na última sexta-feira(13/06), li um artigo chamado “Recado aos jovens de espírito”, publicado no mesmo dia, na Gazeta do Oeste. De uma forma geral, o texto defende uma postura séria dos jovens frente ao poder do voto. Indica uma fuga da realidade por parte dessas pessoas, que votam em candidatos supostamente desqualificados e com promessas fantásticas: pontes que cruzam oceanos, leite encanado para a população etc.
Eu entendi que o artigo reflete uma opinião em defesa dos atuais donos do poder político, que desejam evitar coisa semelhante ao que ocorreu em 2004 nas próximas eleições. Naquela ocasião, os candidatos que competiam com Miguel Mossoró tremiam de medo de uma vitória do ilustre candidato. E com razão.
Sabemos (todos nós, inclusive os jovens) que as eleições são teoricamente um processo de extrema importância para uma sociedade democrática que preste. Então é óbvia a seriedade com a qual o voto deve ser usado. Não é mesmo? Nem sempre, pois só ingênuos encaram com seriedade um processo de escolha cujas opções possuem – no mínimo – idoneidade duvidosa. Afinal, estamos falando de políticos brasileiros. No caso do Rio Grande do Norte, a situação piora ao vermos que – de uma forma geral – todas as opções são membros ou aliados de um mesmo grupinho de famílias. É inevitável. Muito ouvimos que – publicamente – membros do governo e da oposição se acusam, criticam-se, entram em conflito. Mas logo após os debates, vão todos comer e beber juntos (afinal, são primos), vangloriando-se de como conseguem manipular o povo.
Na verdade, e isso é o pior de tudo, uma grande parcela dos próprios eleitores não são enganados, mas simplesmente vendem seu voto. Outra boa parcela, que não precisa vender seus votos nem são manipulados pelos candidatos, prefere não votar. Porém, essa parcela é obrigada a votar, pela lei brasileira. Como não querem votar em nenhum dos candidatos –visivelmente incapazes de administrar alguma coisa com seriedade – buscam uma saída. Qual a saída? Voto nulo; em branco. Quando surge uma alternativa que encarna seus sentimentos de revolta em relação aos candidatos de sempre, melhor ainda: Voto de protesto. É uma forma eficaz de mostrar para os políticos que as pessoas não são tão idiotas e manipuláveis como eles gostariam que fossem.
Em suma, a questão vai além de uma simples brincadeira de jovens inconseqüentes. Trata-se de uma forma de se expressar através do voto. Uma forma de comunicar que está errado. Uma forma de dizer que está na hora de trabalhar direito. Está na hora de parar com a corrupção, com a enganação, com a hipocrisia. Está na hora de mudar de verdade.
Logo, percebe-se também que um dos motivos para que esses fenômenos tipo Miguel Mossoró existam, é a obrigatoriedade do voto. Muitos pensam: “Se me obrigam a votar, votarei em nulo, em branco, ou melhor: se nenhum deles governa com seriedade, também não votarei seriamente: Miguel Mossoró!” É verdade. Lembro de 2004. Eles morrem de medo.
quarta-feira, junho 11, 2008
Mossoró Cidade Junina: doido é quem vai
É verdade que o evento Mossoró Cidade Junina já nasceu com fama ruim. Mas é comum um evento possuir essa fama ao ser aberto ao público, sem filtros. Entra todo mundo. Qualquer um. Não adianta colocar uma placa "Proibida entrada de bandidos". Entram todos os mau elementos da sociedade mossoroense: vândalos, assaltantes, traficantes, ladrões e assassinos. Definitivamente, tornou-se uma festa da bandidagem. No início era uma festa para todos. Ou pelo menos – com esforço – ainda poderíamos ter essa ilusão. Quando digo festa, evoco a palavra em seu sentido mais puro: onde o povo vai para realmente se divertir; esquecer os problemas; e não para ir atrás de problemas; não para se preocupar com roubo de veículos, brigas, facadas e balas perdidas. A ilusão acabou. Tornou-se insustentável.
Hoje vemos como as autoridades locais vieram investindo – ao longo dos anos – milhões de reais num evento que não trás nenhum benefício real para Mossoró. Apenas preocupação. O simples fato de dar mais lucro para meia dúzia de hotéis ou para um punhado de comerciantes não resulta numa cidade melhor. Pode-se até dizer que uma economia forte sempre é bem vinda para qualquer cidade, mas um crescimento econômico acompanhado por tantos problemas sociais só pode ser problemático. É aí quando o crescimento econômico não passa de uma ilusão. Números para serem vendidos eleitoralmente, que, na realidade, só implicam em malefícios.
É claro que o evento Mossoró Cidade Junina – por si – não provoca a criminalidade na cidade. Mas os fatos que ocorreram no último fim de semana, dentro do evento, refletem bem a situação na qual nossas autoridades deixaram a cidade: dois mortos e uns quatro feridos pelas balas perdidas. Além disso, o dinheiro que é e que foi investido em um evento desse tamanho deveria ser aplicado – há anos - no combate à criminalidade, que já andava mal. Imagine quanto dinheiro investido em tranqüilidade nós perdemos.
Quem quer festa quando não há nada para festejar? Estamos celebrando o quê? O tráfico de drogas cada vez mais forte na cidade? Os assassinatos constantes? Recordes de assaltos? Muito bem. Mossoró cresceu. Mas quem queria que fosse assim? Mossoró não soube crescer.
Evoluir não é tão fácil assim. É preciso planejamento sério, que nossas autoridades desconhecem e apenas utopicamente espero que ajam conforme os reais interesses públicos. Ou seja, já que é assim: tudo bagunçado mesmo - nenhum político se preocupando com a criminalidade - é mais fácil e sensato avisar à população com uma placa em frente aos eventos públicos mossoroenses: "Cuidado. Perigo iminente de morte".
Não desejo – com esse texto – tentar abolir as festas do calendário junino de Mossoró, mas apenas sugerir uma finalidade melhor para os recursos que são direcionados para esse evento. Cultura é bom, mas acredito que a prioridade seja outra: combate à insegurança. Acredito que dinheiro não vai faltar. Afinal, quem faz uma festa anual da dimensão do Cidade Junina pode implantar boas políticas de segurança pública com uma certa folga no bolso. Então, vamos em busca de um progresso real para Mossoró. Um progresso com desenvolvimento econômico aliado a um planejamento sensato, de forma oferecer segurança e tranqüilidade para toda a população.
quinta-feira, junho 05, 2008
Eu acho é pouco!!! - parte 2
Prossigo com a morte do bandido na delegacia de Mossoró. Percebi que é um assunto bem polêmico. Por isso, estou escrevendo aqui novamente para esclarecer alguns pontos do último texto desse blog.
O objetivo daquele texto foi mostrar que o povo está cansado da violência. O governo não dá conta da situação e, mesmo que alguns achem errado matar um assassino pelo fato de ele ser assassino, o povo não enxerga outra punição melhor para esse tipo de gente. Resumindo, a
população está ficando inerte perante o sistema social falho, que dá condições para essas pessoas agirem dessa forma, e ainda contarem com a proteção de suas vidas, garantidas pela lei.
Isso é obviamente injusto. O povo pensa, com toda razão: "Se o bandido mata e ainda escapa ileso, isso está errado. Deve ser corrigido". É por isso que existe pena de morte em alguns países. A lei do "olho por olho, dente por dente" não está tão ultrapassada assim. Pessoalmente, a considero uma das mais justas possíveis. Matou, tem que morrer. Roubou, tem que pagar. É simples.
Ao contrário do que alguns poderiam pensar, a discussão não entra no âmbito da luta de classes. Isso não cabe nesse caso: rico VS pobres. Não é assim que funciona essa questão. Todos sabemos que o fato de ser pobre não implica que o indivíduo seja criminoso. Nem o fato de ser rico faz o indivíduo um santo. Isso é tanto verdade que o próprio policial morto era, com certeza, pobre, e nem por isso tentava ser criminoso. Ao contrário: escolheu uma vida na qual o crime seria o alvo de sua coerção. Como explicamos o pobre tornar-se policial? Veja que coisa: o sistema falho fez o bandido e o policial, ambos pobres.
É claro que existem condições sociais que favorecem a existência do crime, mas a própria sociedade brasileira não está sabendo resolver esses problema. O que um cidadão que deseja viver em paz pode fazer? Votar em X no lugar de Y não adianta. As variáveis são inúmeras.
Se o Estado não consegue controlar isso, a população precisa tomar alguma atitude. O que ela faz? Revolta-se com a situação. Tenta proteger-se. Compra cercas elétricas, armas, seguranças. Quem não tem dinheiro, só pode reclamar. Veja, caro leitor, quem é pobre também reclama da situação da violência. Quem não tem muito o que fazer escreve, divulga sua opinião, mostra a situação e exige mudanças, mesmo que elas não ocorram. Tomara que tenha ficado mais claro.
quarta-feira, junho 04, 2008
Eu acho é pouco!
Dizem que tudo é culpa das diferenças sócio-econômicas que existe no Brasil, ensino precário, riqueza concentrada, essas coisas. Idiotice. Nada é mais patético do que esse tipo de desculpa para a violência. Existem países cuja economia é bem pior que a do Brasil, mas vemos as pessoas de lá dormindo em suas casas com portas abertas, sem qualquer medo da violência, que inexiste. Será que o fato de ser pobre implica na necessidade de sair por aí roubando, assaltando, sequestrando, matando? Quem já sofreu um assalto, quem já foi sequestrado, quem já perdeu um ente querido por causa de um inútil vagabundo desses conhece o sofrimento. Conhece de perto aquela sensação de impotência, de medo e revolta. Vítimas da covardia.
E ainda vem a mídia com suas manchetes condenatórias: "Preso que matou policial é executado na delegacia". É a pauta prioritária da semana na editoria de polícia, pressionando os policiais. É a mídia representando nosso lado hipócrita. Fica claro que possuímos um comportamento duplo em relação a isso: internamente, adoramos ver um mau elemento desses morrer. Mas externamente fingimos ser sensatos, controlados, politicamente corretos. Nesse papel externo, a mídia chega para cobrar investigações sobre o caso: quem matou o bandido? Ora. Pouco me importa quem matou o infeliz. Só sei que fez o bem pra muita gente. Mostrou que o crime não compensa e ainda impediu os futuros crimes que seriam provocados pelo assaltante. Mostrou pra bandidagem que é bom pensar duas, três, quatro vezes antes de planejar um crime.
Não é à toa que o filme Tropa de Elite fez e ainda faz sucesso. Diferentemente do filme Cidade de Deus, que mostra o ato criminoso sem conseqüências punitivas para seus praticantes (tornando-os "heróis" da história), o filme retrata o Batalhão de Operações Especiais, representantes da lei e da ordem, como verdadeiros heróis que encarnam o grito social pela justiça verdadeira. A justiça que não tem pena de bandido e que os trata da forma como eles realmente devem ser tratados: impiedosamente. Não tem como esconder. Não adianta. O povo exige justiça. E pensa em uníssono: "bandido bom é bandido morto".
sábado, maio 31, 2008
As super-propagandas do governo
Uma mensagem cujo objetivo é prestar contas dos serviços públicos para a sociedade deveria possuir um caráter puramente informativo. Isso não significa usar o espaço na mídia para apresentar uma lista cansativa das obras realizadas e dos respectivos custos para os cofres públicos. Informar não é ser sisudo e sem graça. Mas também não é para ser o contrário: só mostrar imagens e canções bonitas. Deve-se ter um equilíbrio, cujo maior orientador é a informação de real interesse público. As atuais propagandas - as mais veiculadas pela TV - por exemplo, no lugar de apenas informar o que se tem feito para a população, apresentam conteúdos que requerem altos e desnecessários gastos públicos. Contratam-se agências de publicidade para realizar super-produções com pouca informação útil e muita enrolação publicitária, sem nenhum interesse público real.
É claro que essa prática publicitária já está se tornando uma espécie de ritual ilícito de nosso comportamento político, quase invulnerável aos dispositivos jurídicos instituídos. As leis existentes dão margem para que elas ocorram dentro de limites que por si só já são abusivos. Por exemplo, em 2007 o Ministério Público do Rio Grande do Norte processou a governadora do estado juntamente com outros responsáveis pela propaganda do governo, acusando-os de improbidade administrativa pelo uso de recursos públicos para produção e divulgação de material publicitário que teriam promovido a imagem da governadora. O juiz responsável sentenciou a improcedência do pedido do Ministério Público, negando a existência de improbidade nesse caso. Ora, mesmo que não tenha se caracterizado tal improbidade, já é bastante questionável a própria natureza da publicidade praticada por essas entidades governamentais. O Ministério Público entrou com um recurso contra essa decisão e agora o processo será julgado pelo Tribunal de Justiça, sem prazo definido para que isso ocorra.
Acredito que deveria existir uma lei mais rígida que limite - além do caráter financeiro - as características do próprio conteúdo da mensagem, seja ela divulgada em ano eleitoral ou não. Afinal, qual o motivo dessas músicas, jingles e imagens que pouco refletem a realidade da sociedade? Será que está tudo bem, mesmo? Estamos embalando? Estamos indo pra frente? Isso é mesmo um trabalho que preste?
domingo, maio 25, 2008
“Isso é trabalho!”, “Vamo que vamo, vamo em frente!”, “Tá embalando!”
sexta-feira, maio 23, 2008
A causa de Valério Mesquita
Peguei o livro e o folheei rapidamente, em busca do artigo que provocou o dito debate: "A causa palestina", publicada no Jornal de Hoje . Encontrei. Estava lá. Mas não tinha a minha "Resposta ao racismo", publicada no mesmo jornal como uma forma de atacar a mensagem divulgada pelo artigo do escritor. Não tinha nem um comentariozinho sobre a pequena confusão que aquele artigo em particular provocou. Depois da minha resposta, o escritor publicou outro pra me rebater: "O censor das arábias", onde ele confessou ter passado maus bocados por causa da minha resposta mas insistiu nos argumentos anti-semitas. Depois dessa, publicaram outro artigo meu: "A outra resposta", que nos dá uma boa visão de tudo o que aconteceu:
A outra resposta
Por Nestor Burlamaqui (nestormedeiros@hotmail.com)
Mais uma vez, retorno a esse jornal para apenas relatar esclarecimentos aos leitores e ao escritor Valério Mesquita, que publicou um artigo demonstrando previsível e saliente incômodo após ler um artigo meu intitulado “Resposta ao racismo”, que já foi motivado por outro artigo dele chamado “A causa palestina”. Enfim, já está se iniciando uma espécie de “bate e rebate” sem fim, nem solução. No entanto, reafirmo que apenas escrevi aquele artigo para fazer cair a mensagem anti-semita mostrada em “A causa palestina”. Afinal, é inaceitável que uma opinião do tipo exposta seja divulgada sem uma contestação de nível.
Percebe-se que em sua tentativa de buscar argumentos contra a política de Israel em relação aos palestinos, o escritor foi infeliz ao atacar todos os judeus do mundo e não apenas a política israelense. Mas, pelo que li em seu revide recentemente publicado, ele fez isso com inocência. Talvez não soubesse que sua mensagem estava sendo anti-semita, apesar do texto mostrar isso claramente. Sua falha foi a generalização, unida à ausência de conhecimento sobre a cultura judaica, além da apresentação de uma estranha e incoerente confusão de argumentos. No lugar de procurar força na história dos conflitos israelense-palestinos, o autor, talvez por descuido, valeu-se de histórias de igreja. Obviamente, a narração bíblica sobre Jesus e sua relação com os outros judeus não possui ligação com o atual problema palestino.
É direito de todos a livre expressão. Não há dúvidas. Tanto que em nenhuma frase de meu artigo anterior afirmei que é injusto opinar contra a política de Ariel Sharon. Aliás, em relação a essa política considerada agressiva, até eu chego a duvidar de sua eficiência. O problema é usar argumentos retirados das escrituras cristãs para tentar apoiar uma atual causa palestina. Isso é claramente incoerente e retira a verossimilhança de qualquer idéia.
Concordo que é um fato histórico irrefutável o caso das perseguições sofridas pelos judeus através de opressões promovidas por outros povos, ao longo dos séculos. Mas insistir em afirmar que esse ou outros tipos de episódios são provocados pela “Divina Providência” é um ato muito simplista e ultrapassado. Algumas pessoas, no lugar de buscarem as verdades científicas e históricas por trás de um fato, acomodam-se em dizer que tal evento acontece ou aconteceu simplesmente porque Deus quis ou quer. Esse tipo de pensamento também faz macular a credibilidade de um indivíduo ou grupo. Sendo assim, é necessária uma maior atenção para evitar esse tipo de coisa. É um cuidado que deve ser tomado tanto pelo produtor quanto pelo receptor de determinada mensagem. Principalmente aquela que será lida, possivelmente, por centenas ou milhares de pessoas.
Uma possível crítica relacionada à crença judaica no futuro Messias não deveria ser mencionada como argumento para apoiar palestinos ou qualquer outro povo. Além de não existir relação de uma coisa com a outra, isso apenas produz mensagens com críticas ao povo e cultura judaica, mas inúteis para defender a causa palestina. Esses descuidos levam a um texto de efeito diferente daquele intencionado pelo autor. Acho que isso aconteceu com Mesquita, já que ele esclareceu, posteriormente, não atacar israelitas.
Para evitar futuros equívocos, é necessário um estudo maior do caso por parte de possíveis formadores de opinião quando se desejar sustentar um ou outro lado através de julgamentos. Às vezes não possuímos muito conhecimento sobre um assunto e acabamos embaralhando argumentos e tópicos desconexos.
Por fim, não é necessário temor ao saber que é descendente de judeus. Tratou-se apenas de uma interessante observação. O importante é o que se pensa e se faz agora. Para encerrar meu artigo, deixo claro meu respeito às opiniões dos outros, mas quando essas mensagens passam algo que a sociedade inteligente rejeita, como a falta de respeito a uma religião ou cultura, sabemos que é necessário fazer algo para que isso seja remediado ou, quando possível, prevenido. Certamente não responderei a possíveis dúvidas sobre esse assunto, no qual prefiro não me estender. Esses problemas são resolvidos melhor com pesquisa e bons livros.
sábado, abril 19, 2008
Novela Isabella: cenas do próximo capítulo
Programas de diversos tipos, jornalísticos ou não, não poupam tempo quando relatam as últimas informações sobre o caso. Às vezes há apenas debates infindáveis que duram todo o programa e que limitam-se a levantar suposições sem grande conteúdo. Na maioria das vezes simplesmente não há informações novas e os “jornalistas” limitam-se a repetir incansáveis vezes as mesmas informações velhas como se fossem novas. O importante é continuar com Isabella na pauta. O efeito disso na sociedade é a substituição gradativa da natural revolta inicial pela insensibilidade, ou até mesmo diversão. Virou final de novela das oito: aposto que foi o pai. Aposto que foi a madrasta. Não. Foi o mordomo!
Trata-se de uma característica típica da televisão: a transformação da realidade em ficção através dos telejornais. A notícia é exibida de forma a valorizar seus aspectos mais intensos e emotivos, descartando-se o que é verdade, mas é mais monótono. O que importa é a imagem e o drama. Sem isso não há notícia.
E então? Quem matou Odete Roitman? Quem matou Lineu? Quem matou Isabella?
terça-feira, março 25, 2008
Como fazer a paz no Oriente Médio
Para se conseguir estabelecer um clima de paz no oriente médio, principalmente entre Israel e palestinos, é necessário esquecer as origens históricas do conflito – que sempre se confundem com o propósito de culpar um ou outro lado – e entender suas atuais causas. Muitos acreditam que a causa do problema é a própria existência do Estado israelense e tais pessoas fazem de tudo para deslegitimá-lo. De fato, muitos indivíduos – inclusive supostos intelectuais – acreditam nisso e põem a principal culpa sobre os judeus. No entanto, já está bastante claro que Israel existe por mérito próprio e, além disso, não é bem o objetivo desse artigo debater tal mérito. Irei abordar uma paz no sentido de convivência entre dois povos, e não uma paz onde só existiria um dos povos e outro seria exterminado ou expulso da região.
Por que o conflito existe?
Propondo-se à resolver o conflito com base no ocorre hoje, vemos que o estado israelense apenas está tomando decisões de ataque baseando-se num único objetivo: sua defesa. De fato, não se consegue observar motivos para que Israel queira piorar o conflito na região, já que sempre que isso ocorre ele próprio se prejudica – tanto em sua reputação frente à comunidade internacional (que sempre critica suas ações defensivas) quanto em sua economia, que sofre com a possibilidade de embargos, queda de renda oriunda do turismo, além da fuga de israelenses para lugares mais seguros no mundo. Afinal, não é muito bom morar num país onde você precisa ficar se escondendo em abrigos subterrâneos toda vez que um palestino decide mandar um míssil contra Israel, torcendo pra matar um civil inocente qualquer. Tal comportamento dos grupos terroristas é natural, já que é exatamente esse o propósito deles: causar terror, desprestigiar Israel, prejudicar sua economia e imagem perante o mundo. Não interessa a eles a paz. Ao mesmo tempo, o terrorismo nunca vai acabar com Israel. Dessa forma, nem Israel, nem os terroristas ganham com isso. E a coisa nunca sai do canto.
Então quem ganharia com a perpetuação desse ódio?
A resposta vem ao responder a uma outra pergunta: quem patrocina tanto os grupos armados palestinos quanto o grupo terrorists libanês Hezbolah? Sabemos que o dinheiro, o conhecimento e as armas que o pior grupo palestino, o Hamas, adquire, provém do Irã. A mesma coisa ocorre com o Hezbolah, outra cria iraniana.
Por que esses conflitos interessam ao Irã?
O Irã é o segundo maior exportador de petróleo da OPEP. Esses conflitos, que são financiados por esse mesmo governo, beneficia bastante seu mercado petrolífero. Por exemplo, só com ameaças, em janeiro de 2006 o barril de petróleo era vendido por US$ 53,00. Com a abertura da frente libanesa, o preço já havia chegado a US$ 76,60. Resumindo, o Irã usa sua forte influência no Hezbollah e no Hamas com o objetivo de provocar conflitos e lucrar no mercado de petróleo. Além disso, esse braço do Irã no Líbano ainda trabalha com crimes no exterior, que provavelmente é uma outra fonte de renda para manter o grupo. Abaixo há um trecho de uma entrevista publicada no Jornal Alef, concedida em ocasião de uma recente visita ao Brasil do ministro da segurança interna de Israel, Avraham Dichter:
O Hezbollah tem sido usado pelo Irã como um front para realizar ataques no exterior desde o fim dos anos 80. As embaixadas iranianas estão sendo usadas como fornecedores de infra-estrutura para os terroristas do Hezbollah. O grupo também lucra com atividades criminosas, como tráfico de drogas e de diamantes ilegais. Sua ação na Tríplice Fronteira, principalmente no lado paraguaio, é bem conhecida. Lá, lida com cocaína. E o Irã busca a bomba nuclear. Esta será a maior ameaça desde a II Guerra Mundial. Espero que os países descubram uma forma de pará-los, através de sanções ou qualquer outra forma.
Como acabar com o conflito a curto prazo?
Muitos acreditam que para se vencer uma guerra é preciso destruir o outro lado. Por outro lado, o ataque direto a Israel ou aos grupos armados palestinos não significa necessariamente que eles serão destruídos. Os anos infindáveis de conflito nos mostra que ataques não resolvem as coisas. Afinal, os grupos inimigos de Israel são constantemente supridos com armas e dinheiro. Se um ataque mata metade de uma dessas organizações terroristas, não demora muito para que o mesmo grupo se recupere e talvez com uma força maior contra Israel.
Partindo da hipótese plausível de que, caso os grupos inimigos de Israel cessem seus ataques, haverá uma paz imediata; a melhor forma de se conseguir isso é impedindo o financiamento de tais grupos. Eles não acabarão por decisão desses grupos. O Irã está pagando e quer ver resultados. Sabemos que esses grupos não recebem dinheiro apenas do Irã, mas esse país representa seu principal apoio e o fim dessa ajuda poderia acabar rapidamente com a atual espiral de violência na região. Sem dinheiro e armas, nenhum grupo armado funciona.
Qual a melhor forma de impedir o financiamento do Irã a tais organizações terroristas?
As medidas militares americanas de derrubar governos onde quer que seja não adiantaria no caso iraniano devido à possibilidade uma generalização da guerra. Ou seja, seria pior. Além disso, a mudança de governo não garante que essa política de apoiar grupos armados externos acabe, pois ele vêm desde a década de 80, quando o atual presidente iraniano e cabeça da atual crise, Mahmoud Ahmadinejad, era apenas um soldado da Guarda Revolucionária de seu país.
Apenas a pressão internacional, através de embargos econômicos, é capaz de fazer com que o Irã pare com suas atitudes hostis em relação a Israel, sem que seja necessário ocorrer um alastramento do conflito através de uma ação militar contra o país de Ahmadinejad.
É só isso?
Infelizmente não. Essas propostas tem objetivo de se conseguir um fim do conflito a curto prazo. Resumindo, por meio de pressões internacionais, o Irã seria obrigado a parar com suas intenções nucleares e com o apoio às organizações terroristas contra Israel. Com o fim de recursos, o Hezbolah, o Hamas e quem quer que seja terá que arrumar dinheiro e armas de outro lugar. Talvez existam países prontos a substituir o Irã nesse cenário, mas mesmo esse possível candidato ficará temerário: “Será que vale a pena arriscar a economia de meu país só para perturbar Israel?”
domingo, março 16, 2008
Anti-semitismo aumenta no mundo
No texto, os pesquisadores americanos falam sobre um novo tipo de anti-semitismo -- segundo eles, o ódio das outras nações em relação a Israel se converte em atos de violência contra os seguidores do judaísmo e aumenta o preconceito contra as comunidades judaicas em todo o planeta. "Hoje, mais de 60 anos depois do Holocausto, o anti-semitismo não é apenas um fato da história, mas um evento atual", diz o documento.
Segundo o texto, este novo tipo de ódio anti-semita é encorajado até mesmo pela Organização das Nações Unidas (ONU), ao investigar, todos os anos, o que geralmente são "relatos sensacionalistas de supostas atrocidades e outras violações dos direitos humanos cometidas por Israel". O relatório ainda cita outras fontes de fomento ao anti-semitismo, como o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad (que chegou a questionar a ocorrência do Holocausto), e o presidente da Venezuela, Hugo Chavez (cujo Ministério das Relações Exteriores criticou e hostilizou Israel).
Infelizmente, o relatório não teve grande atenção por parte da mídia brasileira, principalmente na televisão.
Considero esse relatório de interesse direto da comunidade judaica de Natal, principalmente devido a um recente incidente envolvendo um indivíduo que dirigiu-se aos membros da sinagoga através de xingamentos e frases anti-semitas. Mesmo que tenha sido um caso isolado em Natal, é importante inferir que essa opinião esteja latente em diversas pessoas em nossa sociedade local.
No site Rua da Judiaria encontrei uma anetoda que pode resumira situação judaica no mundo:
Durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, um húngaro encontra um amigo na rua. Vendo-o muito sorridente, pergunta-lhe porque está tão feliz. “Ouvi dizer que os israelenses abateram hoje seis caças MIG de fabrico soviético”, responde o outro. No dia seguinte os dois voltam a encontrar-se, desta vez o amigo está ainda mais radiante: “Os israelenses abateram mais oito MIGs”, conta ele. No terceiro dia o amigo está agora cabisbaixo. “Então? Os israelenses não abateram mais nenhum MIG?”, pergunta o outro tentando perceber a razão da tristeza. “Abateram sim, mas hoje explicaram-me que os israelenses são judeus.”
terça-feira, fevereiro 19, 2008
Os pecados do bispo
O enriquecimento rápido sempre foi característica notável da Igreja Universal. Ou dá-se dinheiro para a igreja ou vai para o inferno. Essa é a política de enganação. É triste ver como uma pessoa de intenções puramente econômicas lucra milhões só com conversa fiada. Na década de 90 a rede Globo chegou a divulgar uma matéria televisiva denunciando claramente esse caráter vergonhoso da Igreja Universal.
Já publicado por este blog anteriormente, o vídeo da matéria pode ser visto abaixo:
domingo, fevereiro 10, 2008
quarta-feira, fevereiro 06, 2008
Policial mata jovem de 13 anos no carnaval de Macau
Leia a notícia:
http://tribunadonorte.com.br
quinta-feira, janeiro 31, 2008
Bandidagem e esculhambação em Mossoró
Moro em Natal há dez anos e nunca fui assaltado por lá. Mas um dia vim visitar minha cidade e uma dupla de vagabundos numa moto levou carteira e relógio, meus e de minha namorada, que também teve esse desprazer. Faz tempo. O assalto foi em 2001, mas não foi em Natal, uma cidade maior e supostamente mais perigosa. Foi bem aqui mesmo. E de lá pra cá, em 2008, a situação só piorou. Feliz ano novo.
Recentemente vim passar férias aqui e fiquei sabendo que todo dia matam um na cidade. Pensei que fosse exagero. Estava enganado. É verdade que a maioria das vítimas estavam envolvidas com o crime e com o tráfico. Ora, se os bandidos fossem as únicas vítimas deles próprios, seria ótimo. Mas, ontem mesmo, minha vizinha foi seqüestrada no momento em que chegava do trabalho em casa. Pelo menos nada demais aconteceu a ela, pois foi liberada horas depois numa cidade próxima.
O que impede que o mesmo ocorra comigo? Ou mesmo com você, leitor? Infelizmente, nada é o que muitas pessoas acreditam que podem fazer contra isso. Imaginam-se de mãos atadas, incapazes de influenciar nas atitudes das autoridades que poderiam (ou podem... não sei) fazer algo para nos dar mais segurança. É claro que uns poucos podem erguer uma cerca elétrica em volta de suas residências e/ou contratar um serviço de segurança particular. Mas sabemos que nem isso é garantia. Na verdade, a própria cerca elétrica, cada vez mais presente nas casas mossoroenses, é o marco da insegurança em que nos encontramos.
Informação é o que não falta. Todos sabem onde ficam os pontos que alimentam o crime e os responsáveis diretos e indiretos pela situação da segurança pública mossoroense. Tenho certeza que as autoridades policiais têm conhecimento desses locais e as pessoas chave. Logo, se sabem, por que não resolvem logo isso? Mas, se não sabem, realmente estamos bem arrumados. Onde estão os recursos para segurança mossoroense? O Estado não está repassando o suficiente devido à briguinhas políticas?
É claro que, a longo prazo, a educação é a solução para tudo, inclusive a insegurança, em qualquer lugar do mundo. No entanto, precisamos de um pouco de resultado a curto prazo. Mas os nossos políticos - irresponsáveis pela nossa segurança - não querem saber de resolver nada além de suas próprias vidas políticas: “o povo é que se lasque”, o que nós podemos fazer? Cobrar adianta alguma coisa? E agora? Vamos votar em quem? Quem dá mais? O voto no Brasil é comprado. Então estou aqui publicamente leiloando o meu por mais segurança em minha cidade. Quem der mais ganha.
terça-feira, janeiro 29, 2008
Carnaval e Holocausto, tudo a ver?
Sabendo da insatisfação da comunidade judaica em relação ao seu polemico carro alegórico, o carnavalesco da escola, Paulo Borges, visitou a Federação Israelita do Rio de Janeiro para conversar sobre o caso. Certamente ouviu a opinião desfavorável deles.
Seria isso censura prévia? Ou apenas o uso do "bom senso prévio"? Ninguém está obrigando a Viradouro a retirar o carro do futuro desfile. O Sr. Paulo Borges é que está tomando uma atitude sensata e cautelosa ao ouvir a opinião dos maiores interessados no assunto. E não há problemas nisso.
Concordo com o jornalista quando ele fala que devemos esquecer coisas ruins. O Holocausto foi uma coisa ruim. Devemos esquecer o Holocausto? Se sim, pra quê relembrá-lo logo dessa forma grotesca, num carnaval? Se não, lembremos suas vítimas por meios e formas respeitosas. Lembremos para que coisas ruins jamais voltem a acontecer.
Leia o artigo da Época
quinta-feira, janeiro 24, 2008
A ridicularidade do Hamas
Em pelo menos duas ocasiões nesta semana, o grupo Hamas fingiu cenas de blackout como parte de sua campanha para acabar com as sanções de Israel contra a faixa de Gaza. A informação foi divulgada hoje por jornalistas palestinos.
Numa das ocasiões, os jornalistas que foram convidados a cobrir um encontro do Hamas foram surpreendidos ao verem o primeiro ministro Ismail Hanieh e seus ministros sentados numa mesa cheia de velas acesas. Eles afirmaram que não havia nenhuma necessidade das velas pois os encontros foram realizadaos durante o dia.
"Eles fecharam as cortinas nas salas para criar a impressão de que os líderes do Hamas também sofriam com a falta de energia elétrica", disse um dos jornalistas ao Jerusalem Post, que também afirmou que, com esse fingimento, o Hamas estava obviamente tentando manipular a mídia local.
Veja mais>
terça-feira, janeiro 22, 2008
De quem é a culpa ?
O destino de Gaza está nas mãos do Hamas. Se o Hamas abandonar o terrorismo ou pelo menos parar de lançar foguetes contra Israel, certamente tudo ficará melhor.
Veja notícia: http://www.euronews.net/index.php?page=info&article=465939&lng=6
sexta-feira, janeiro 18, 2008
Estamos próximos de um conflito nuclear?
O Estado de Israel, por estar cercado de países hostis, sempre foi preocupado com sua segurança. Já nos primeiros anos de sua existência mostrou-se interessado em adquirir poderio nuclear. Em 1957 já possuia um setor dentro do serviço de inteligência destinado exclusivamente à assuntos nucleares, o Departamento de Ligação Científica. Acredita-se que, nessa mesma época, o governo francês consentiu em doar um reator nuclear para Israel, grande o suficiente para desenvolver armas nucleares. Ou seja, o país israelense, apesar de manter-se sigiloso sobre isso, teria armas atômicas há aproximadamente cinquenta ou quarenta anos.
Sabendo disso, começo a duvidar das bravatas do Sr. Ahmadinejad nessa sua novela internacional. Caso existisse uma guerra nuclear, quem estaria com medo de um conflito direto? Ele sabe que os EUA, possuidor de armamento nuclear, estão esperando uma desculpa qualquer para iniciar uma guerra contra o Irã. E um conflito nuclear direto com os israelenses seria a desculpa perfeita para jogar bombas atômicas sobre Teerã. É claro que a entrada dos americanos num conflito desse tipo teria consequências sérias. Talvez a Rússia, também detendora de bombas atômicas e principal fornecedora de material nuclear e mão de obra especializada para o Irã, defendesse seu cliente persa. Ou talvez ela não fizesse isso diretamente. Afinal, em 2004 surgiu a hipóstese de a Al-Qaeda ter adquirido pequenas bombas atômicas no mercado negro. Logo, se os EUA entram, a Al-Qaeda também entra. Quem mais entraria nesse bolo? Coréia do Norte?
Se fossemos analisar todas as possíveis nações e organizações capazes de envolver-se num provável conflito Irã-Israel - e as formas desse envolvimento - após a entrada americana nessa hipotética guerra ao lado de Israel, preencheríamos páginas e mais páginas de possibilidades. Mas uma coisa é certa: a possível entrada americana representaria uma expansão do conflito para outras regiões. Enfim a terceira guerra mundial.
É claro que dentro dessas conjecturas devemos considerar a questão do petróleo. O Irã, quarto maior produtor de petróleo do planeta, possui papel importante dentro da OPEP. E com essa influência, uma guerra direta do Irã contra os EUA significaria crise no mercado do petróleo, um mal negócio para a economia americana. É claro que isso não significa uma garantia de proteção contra os americanos, pois os EUA podem correr o risco de invadir o Irã justamente para se apoderar de suas fontes petrolíferas e controlar mais ainda o mercado.
Mesmo assim, tudo se complicaria com o envolvimento americano num provável conflito militar entre Israel e Irã. Os EUA já devem estar cientes disso e já devem ter vislumbrado que uma possível ação sensata seria uma atuação indireta, de forma a ocultar sua verdadeira intervenção num conflito dessa espécie. Agir ocultamente é o melhor para evitar que a guerra se alastre e as coisas fiquem realmente feias. Acredito que, caso esse cenário torne-se realidade seja essa a atitude americana: agir nas sombras.
Mas não acredito que nenhum país usaria armas nucleares contra um inimigo, justamente com medo das represálias, que viriam em forma de fortes críticas da comunidade internacional e em forma de mísseis atômicos, que dizimariam grande número de inocentes civis, além de contaminar dezenas ou centenas de cidades de vários países durante várias décadas. A radiação acabaria com várias regiões do mundo. E agora? Quem tem coragem de usar a bomba atômica?
quarta-feira, janeiro 16, 2008
Dossiê História
A obra é muito boa para quem deseja ter em mãos detalhes de fatos que marcaram a história mundial. É imprescindível para quem quer ficar por dentro do mundo do terroristmo internacional e conhecer ainda mais detalhes do nazismo.
Links relacionados:
Site do programa no Fantástico: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/Fantastico/0,,8984,00.html
Site do autor do livro:
http://www.geneton.com.br/
Não é no Brasil
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