quinta-feira, janeiro 31, 2008

Bandidagem e esculhambação em Mossoró


Será que devemos nos conformar com o que está acontecendo em Mossoró? A cidade não serve mais para viver. Pelo menos não em paz e tranquilidade, como ocorria há alguns anos. A bandidagem tomou conta de tudo. O tráfico de drogas é quem manda agora. É uma terra de ninguém. É uma verdadeira esculhambação.

Moro em Natal há dez anos e nunca fui assaltado por lá. Mas um dia vim visitar minha cidade e uma dupla de vagabundos numa moto levou carteira e relógio, meus e de minha namorada, que também teve esse desprazer. Faz tempo. O assalto foi em 2001, mas não foi em Natal, uma cidade maior e supostamente mais perigosa. Foi bem aqui mesmo. E de lá pra cá, em 2008, a situação só piorou. Feliz ano novo.

Recentemente vim passar férias aqui e fiquei sabendo que todo dia matam um na cidade. Pensei que fosse exagero. Estava enganado. É verdade que a maioria das vítimas estavam envolvidas com o crime e com o tráfico. Ora, se os bandidos fossem as únicas vítimas deles próprios, seria ótimo. Mas, ontem mesmo, minha vizinha foi seqüestrada no momento em que chegava do trabalho em casa. Pelo menos nada demais aconteceu a ela, pois foi liberada horas depois numa cidade próxima.

O que impede que o mesmo ocorra comigo? Ou mesmo com você, leitor? Infelizmente, nada é o que muitas pessoas acreditam que podem fazer contra isso. Imaginam-se de mãos atadas, incapazes de influenciar nas atitudes das autoridades que poderiam (ou podem... não sei) fazer algo para nos dar mais segurança. É claro que uns poucos podem erguer uma cerca elétrica em volta de suas residências e/ou contratar um serviço de segurança particular. Mas sabemos que nem isso é garantia. Na verdade, a própria cerca elétrica, cada vez mais presente nas casas mossoroenses, é o marco da insegurança em que nos encontramos.

Informação é o que não falta. Todos sabem onde ficam os pontos que alimentam o crime e os responsáveis diretos e indiretos pela situação da segurança pública mossoroense. Tenho certeza que as autoridades policiais têm conhecimento desses locais e as pessoas chave. Logo, se sabem, por que não resolvem logo isso? Mas, se não sabem, realmente estamos bem arrumados. Onde estão os recursos para segurança mossoroense? O Estado não está repassando o suficiente devido à briguinhas políticas?

É claro que, a longo prazo, a educação é a solução para tudo, inclusive a insegurança, em qualquer lugar do mundo. No entanto, precisamos de um pouco de resultado a curto prazo. Mas os nossos políticos - irresponsáveis pela nossa segurança - não querem saber de resolver nada além de suas próprias vidas políticas: “o povo é que se lasque”, o que nós podemos fazer? Cobrar adianta alguma coisa? E agora? Vamos votar em quem? Quem dá mais? O voto no Brasil é comprado. Então estou aqui publicamente leiloando o meu por mais segurança em minha cidade. Quem der mais ganha.

terça-feira, janeiro 29, 2008

Carnaval e Holocausto, tudo a ver?

Nesse último domingo, o Sr. Adriano Silva publicou na revista Época um artigo criticando uma suposta censura no Carnaval do Rio de Janeiro. O jornalista deve ter entendido mal a atitude da comunidade judaica do Rio de Janeiro, que considerou pouco sensato expor o Holocausto na forma de um carro da escola Viradouro cheio de corpos empilhados. De forma equívoca, o jornalista confundiu opinião e protesto com uma "censura prévia".

Sabendo da insatisfação da comunidade judaica em relação ao seu polemico carro alegórico, o carnavalesco da escola, Paulo Borges, visitou a Federação Israelita do Rio de Janeiro para conversar sobre o caso. Certamente ouviu a opinião desfavorável deles.

Seria isso censura prévia? Ou apenas o uso do "bom senso prévio"? Ninguém está obrigando a Viradouro a retirar o carro do futuro desfile. O Sr. Paulo Borges é que está tomando uma atitude sensata e cautelosa ao ouvir a opinião dos maiores interessados no assunto. E não há problemas nisso.

Concordo com o jornalista quando ele fala que devemos esquecer coisas ruins. O Holocausto foi uma coisa ruim. Devemos esquecer o Holocausto? Se sim, pra quê relembrá-lo logo dessa forma grotesca, num carnaval? Se não, lembremos suas vítimas por meios e formas respeitosas. Lembremos para que coisas ruins jamais voltem a acontecer.

Leia o artigo da Época

quinta-feira, janeiro 24, 2008

A ridicularidade do Hamas


Em pelo menos duas ocasiões nesta semana, o grupo Hamas fingiu cenas de blackout como parte de sua campanha para acabar com as sanções de Israel contra a faixa de Gaza. A informação foi divulgada hoje por jornalistas palestinos.

Numa das ocasiões, os jornalistas que foram convidados a cobrir um encontro do Hamas foram surpreendidos ao verem o primeiro ministro Ismail Hanieh e seus ministros sentados numa mesa cheia de velas acesas. Eles afirmaram que não havia nenhuma necessidade das velas pois os encontros foram realizadaos durante o dia.

"Eles fecharam as cortinas nas salas para criar a impressão de que os líderes do Hamas também sofriam com a falta de energia elétrica", disse um dos jornalistas ao Jerusalem Post, que também afirmou que, com esse fingimento, o Hamas estava obviamente tentando manipular a mídia local.

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terça-feira, janeiro 22, 2008

De quem é a culpa ?

Só uma perguta: Por que a ONU não pediu para o Hamas parar de disparar mísseis contra Israel?

O destino de Gaza está nas mãos do Hamas. Se o Hamas abandonar o terrorismo ou pelo menos parar de lançar foguetes contra Israel, certamente tudo ficará melhor.

Veja notícia: http://www.euronews.net/index.php?page=info&article=465939&lng=6

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Estamos próximos de um conflito nuclear?

Recentemente o líder iraniano Mahmoud Ahmadinejad afirmou que os israelenses não tem coragem de atacar o Irã e que, caso isso acontecesse, Israel se arrependeria. Essa afirmação foi feita após ele ter sido questionado a respeito do teste de um míssil balístico realizado por Israel, três dias depois de o primeiro-ministro israelense Ehud Olmert ter afirmado que seu país não descarta "nenhuma opção" para impedir o Irã de desenvolver uma arma nuclear. Surge a questão: estaríamos próximos de um conflito nuclear? O que podemos responder é que, por enquanto, não. O Irã, supostamente ainda não possui esse tipo de armamento. E apesar de parecer bastante obstinado a adquirir a tecnologia nuclear para o desenvolvimento de armas atômicas, o discurso pacífico de seu líder prossegue, mesmo que ninguém acredite nele.

O Estado de Israel, por estar cercado de países hostis, sempre foi preocupado com sua segurança. Já nos primeiros anos de sua existência mostrou-se interessado em adquirir poderio nuclear. Em 1957 já possuia um setor dentro do serviço de inteligência destinado exclusivamente à assuntos nucleares, o Departamento de Ligação Científica. Acredita-se que, nessa mesma época, o governo francês consentiu em doar um reator nuclear para Israel, grande o suficiente para desenvolver armas nucleares. Ou seja, o país israelense, apesar de manter-se sigiloso sobre isso, teria armas atômicas há aproximadamente cinquenta ou quarenta anos.

Sabendo disso, começo a duvidar das bravatas do Sr. Ahmadinejad nessa sua novela internacional. Caso existisse uma guerra nuclear, quem estaria com medo de um conflito direto? Ele sabe que os EUA, possuidor de armamento nuclear, estão esperando uma desculpa qualquer para iniciar uma guerra contra o Irã. E um conflito nuclear direto com os israelenses seria a desculpa perfeita para jogar bombas atômicas sobre Teerã. É claro que a entrada dos americanos num conflito desse tipo teria consequências sérias. Talvez a Rússia, também detendora de bombas atômicas e principal fornecedora de material nuclear e mão de obra especializada para o Irã, defendesse seu cliente persa. Ou talvez ela não fizesse isso diretamente. Afinal, em 2004 surgiu a hipóstese de a Al-Qaeda ter adquirido pequenas bombas atômicas no mercado negro. Logo, se os EUA entram, a Al-Qaeda também entra. Quem mais entraria nesse bolo? Coréia do Norte?

Se fossemos analisar todas as possíveis nações e organizações capazes de envolver-se num provável conflito Irã-Israel - e as formas desse envolvimento - após a entrada americana nessa hipotética guerra ao lado de Israel, preencheríamos páginas e mais páginas de possibilidades. Mas uma coisa é certa: a possível entrada americana representaria uma expansão do conflito para outras regiões. Enfim a terceira guerra mundial.

É claro que dentro dessas conjecturas devemos considerar a questão do petróleo. O Irã, quarto maior produtor de petróleo do planeta, possui papel importante dentro da OPEP. E com essa influência, uma guerra direta do Irã contra os EUA significaria crise no mercado do petróleo, um mal negócio para a economia americana. É claro que isso não significa uma garantia de proteção contra os americanos, pois os EUA podem correr o risco de invadir o Irã justamente para se apoderar de suas fontes petrolíferas e controlar mais ainda o mercado.

Mesmo assim, tudo se complicaria com o envolvimento americano num provável conflito militar entre Israel e Irã. Os EUA já devem estar cientes disso e já devem ter vislumbrado que uma possível ação sensata seria uma atuação indireta, de forma a ocultar sua verdadeira intervenção num conflito dessa espécie. Agir ocultamente é o melhor para evitar que a guerra se alastre e as coisas fiquem realmente feias. Acredito que, caso esse cenário torne-se realidade seja essa a atitude americana: agir nas sombras.

Mas não acredito que nenhum país usaria armas nucleares contra um inimigo, justamente com medo das represálias, que viriam em forma de fortes críticas da comunidade internacional e em forma de mísseis atômicos, que dizimariam grande número de inocentes civis, além de contaminar dezenas ou centenas de cidades de vários países durante várias décadas. A radiação acabaria com várias regiões do mundo. E agora? Quem tem coragem de usar a bomba atômica?

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Dossiê História

Comprei o livro do jornalista recifense Geneton Moraes Neto intitulado "Dossiê História: Um repórter encontra personagens e testemunhas de grandes tragédias da História mundial: o 11 de setembro, o atentado às Olimpíadas de Munique e o pesadelo nazista". Trata-se do texto integral das entrevistas feitas para o programa da Globo: Fantástico.

A obra é muito boa para quem deseja ter em mãos detalhes de fatos que marcaram a história mundial. É imprescindível para quem quer ficar por dentro do mundo do terroristmo internacional e conhecer ainda mais detalhes do nazismo.

Links relacionados:

Site do programa no Fantástico: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/Fantastico/0,,8984,00.html

Site do autor do livro:
http://www.geneton.com.br/

Não é no Brasil

Com base no sociólogo Mark Granovetter (1978), podemos dizer que o comportamento violento de indivíduos durante algumas manifestações pode ...