sexta-feira, novembro 30, 2007

Já é Carnatal! Vem viver!

Eu gostei do Carnatal este ano. Foi muito legal ver tudo pela TV, de longe mesmo, sem o mal cheiro de urina misturado com bebida alcoólica. É tranquilo ficar longe das brigas, das facadas e das balas perdidas. Também foi engraçado ver uma daquelas bandas de axé tentando cantar as músicas do Aviões do Forró. Perceberam que aquelas músicas batidas de décadas atrás não causam tanto impacto quanto os forrozinhos daqui. Foi hilário ver os caras se atrapalhando ao tentar animar com o novo repertório forrozeiro. Ora, mas é claro que os drogados lá embaixo nem perceberam os erros. Com alcóol e lança perfume na cabeça, tudo é maravilhoso. Eles esqueçeram que pagaram mais R$ 400,00 só pra ficar lá embaixo se drogando e beijando desconhecidos, prestes a pegar uma doença. Depois de dez doses de cana, até eu.

Eu não vou criticar os apresentadores do De olho na folia. Afinal, eles sim souberam fazer-me rir um bocado com seus equívocos e elogios forçados.

Fiquei sabendo também que em todos os abadás veio junto uma camisinha. Não importava a idade do folião. Pois é, caro amigo. Suas filhinhas de 14 aninhos receberam, cada uma, uma camisinha. Você sabia? Pois foi. Nesse momento elas devem estar arrumando alguma utilidade para elas. É claro que só um ingênuo pensaria que o carnatal não é para isso: sexo. Não sei o que a organização do evento estava pensando ao entregar uma camisinha dentro de cada abadá. Só sei mesmo é a mensagem que essa atitude passa: Carnatal só serve para putaria. Mas não se preocupe. Pelo menos suas filhinhas não vão ficar grávidas quando o carnatal acabar.

Tá bom. Posso estar parecendo despeitado ou revoltado só por que fiquei em casa no Carnatal. Mas pelo menos eu tenho razão e estou R$ 400,00 menos pobre. Eu que não sou doido pra dar dinheiro de graça pra enricar os outros. Afinal, eu tô mentindo?

sexta-feira, novembro 23, 2007

A quem interessa Cháves no Mercosul?


Não há dúvidas de que o Brasil, como membro influente do Mercosul, irá se prejudicar com a entrada da Venezuela no bloco, principalmente nas relações com países da União Européia e com os EUA. A aprovação ocorrida nessa quarta-feira (21/11) na Comissão de Constituição e Justiça é um mal sinal e mostra a fraqueza de nossos representantes frente à influência venezuelana. É verdade que esse ingresso ainda precisa passar pelo crivo do plenário da Câmara e do Senado, mas esses primeiros movimentos demonstram uma tendência perigosa para nossa economia.

Como país membro, a Venezuela terá direito de veto a qualquer futuro acordo firmado entre o Mercosul e, por exemplo, Israel ou Espanha. Considerando que o atual líder venezuelano possui um comportamento claramente antiamericano e antiburguês, já podemos imaginar com boa margem de certeza os riscos econômicos dentro do chamado Cone Sul. Além disso, a entrada da Venezuela significa a quebra de uma das cláusulas que regem o Mercosul. A norma restringe a inclusão de um país apenas se ele for democrático. O governo de Hugo Chávez, no mínimo, não é o melhor exemplo de democracia. Muitos acusam de ditadura comunista. Não sei se já chegou a esse ponto, mas é óbvia a intenção de Chávez para que a Venezuela torne-se uma cópia de Cuba.

Leia: http://www.midiasemmascara.org/artigo.php?sid=6187&language=pt

Serão cegos os membros da Comissão de Constituição e Justiça? Espero que semelhante limitação não atinja nossos representantes da Câmara e no Senado.

domingo, novembro 18, 2007

Mensagem para Max Gehringer

Prezado Max Gehringer,

Hoje você disse no Fantástico que o protecionismo e a famosa prática do Q.I (quem indique) dentro do mundo do trabalho são naturais, sendo apenas reflexos do uso eficiente de uma rede de contatos. Continuando, você afirmou que as pessoas não deveriam ficar criticando essa realidade, mas integrar-se à ela.

Na verdade a atitude do "se não consegue vencê-los, junte-se a eles" é um exemplo de falta de personalidade e de princípios. E ao contrário do que o senhor nos aconselhou, não é todo mundo que possui "saco" para suportar certos indivíduos apenas por causa de investimento profissional. Então quer dizer que agora eu terei que aturar aquele indivíduo desagradável só por que ele é dono de uma próspera empresa?

Sr. Max, sabemos que o jogo funciona assim (injusto mesmo), mas isso não significa que as pessoas devem demonstrar um sentimento falso por outras em troca de um possível emprego ou promoção. Isso é muito feio, Sr. Gehringer. Além do mais, atitudes assim podem acabar com nossa credibilidade e imagem. Se, por um lado, você pode ganhar uma promoção a longo prazo, por outro lado, em curto prazo, você pode ser visto como: duas caras, bajulador, falsinho etc. E tchau reputação!

Max, eu também sei que a culpa não é toda sua. Mesmo que você saiba muito sobre o mundo corporativo, a televisão não nos proporciona muito tempo para esclarecer as coisas. Lembre-se de que quem se submete à televisão deve ter em mente a sua superficialidade, que muitas vezes deturpa a informação ou a torna insuficiente. Boa sorte da próxima vez.

quinta-feira, novembro 15, 2007

Hermanoteu e o último hebreu do egito

Trecho da peça Hermanoteu na Terra de Godah. Neste vídeo, o herói encontra o último hebreu do egito. Conta com a participação do ator que faz o personagem Jajá, do Zorra Total. Muito bom.

domingo, novembro 11, 2007

O judeu é mais inteligente?


O texto abaixo foi escrito por Gilberto Dimenstein, membro do Conselho Editorial da Folha de São Paulo e criador da ONG “Cidade Escola Aprendiz”, e publicado na Folha de São Paulo:
Em entrevista à Folha de São Paulo, o cientista político norte-americano Charles Murray disse que a genética seria uma das explicações para a suposta inteligência superior dos judeus. Será?

Na condição de judeu, não acredito nessa influência genética. Não é só porque, para mim, superioridade genética e barbárie se confundem na história. Mas, como alguém que trabalha com educação, acredito que exista uma cultura específica que ajude na projeção de um povo que, apesar de ter apenas 12 milhões de pessoas, tem 25% dos ganhadores do “Prêmio Nobel”.

O que existe entre judeus (e não só entre eles) é uma reverência obsessiva pelo conhecimento, que vem de gerações. É o chamado “Povo do livro”. O rabino, a pessoa mais importante da comunidade religiosa, não tem força por ser um intermediário com Deus, mas por ser um intérprete das leis, ou seja, um intelectual. Livros sagrados são feitos de perguntas.

O ritual iniciatório do judeu não é matar um guerreiro ou passar por privações. Mas é ler um livro (a Torá). Ou seja, se quiser virar adulto terá de saber ler em pelo menos uma língua. O analfabetismo sempre foi muito baixo entre os judeus, o que assegurou uma rede de escolas.

A educação não é vista como uma responsabilidade apenas da escola. Mas, em primeiro lugar, da família e, depois, da comunidade. Educa-se em casa, na sinagoga e também na escola. Aprende-se, portanto, todo o tempo e em todos os lugares.

Como o judeu é o povo por mais tempo perseguido da história da humanidade, desenvolveu-se a sensação do desafio permanente. Isso se traduz na idéia de que o estudo é a melhor defesa - e também a coisa mais segura para ser carregada.

Nessa junção dos capitais humano e social, tem-se a receita não do desempenho intelectual de um povo, mas da força divina da educação, replicável por qualquer agrupamento humano.

segunda-feira, novembro 05, 2007

Desrespeito no Programa do Jô

Desde maio deste ano o Programa do Jô está apresentando um quadro de péssimo gosto cujo nome é algo como "Cidade com nomes exóticos". O objetivo do quadro é humilhar, através de perguntas capciosas, pessoas simples de cidades com nomes diferentes. Infelizmente, duas cidades do Rio Grande do Norte já apareceram no programa.

Parece que, na falta do que fazer, a produção do programa resolveu transformar o que deveria ser uma boa oportunidade de conhecer detalhes de nosso país numa oportunidade para o povo rir da cara de gente humilde. Através de perguntas capciosas, claramente de baixo nível, a repórter, que não deve ser jornalista formada(se fosse não passaria por isso), envergonha os moradores simples da cidade-alvo. É um absurdo ver como a tal repórter fica tentando contaminar toda a sujeira e pornografia que ela aprendeu em casa, nas pessoas que ela conversa. Pior é o apresentador do programa, que dentro de sua arrogância borboletante , admite e participa alegremente da exibição desse exemplo do que não deve ser feito.

Não é no Brasil

Com base no sociólogo Mark Granovetter (1978), podemos dizer que o comportamento violento de indivíduos durante algumas manifestações pode ...