terça-feira, julho 07, 2020

Polícia Federal investigará jornalista que torce "para que Bolsonaro morra", disse Mendonça

O ministro da justiça André Mendonça informou hoje (07/07) que o artigo "Por que torço para que Bolsonaro morra", publicado hoje na Folha de S. Paulo, será alvo de inquérito da Polícia Federal por violação da Lei de Segurança Nacional.

Publicada no perfil do Twitter de Mendonça, a nota começa citando princípios básicos do Estado de Direito e lembra que as liberdades de expressão e imprensa são direitos fundamentais, mas que são limitados pela lei.

"Quem defende a democracia deve repudiar o artigo", escreveu o ministro, que justificou o inquérito com base num trecho da lei que define como crime "caluniar ou difamar o Presidente da República", imputando-lhe fato definido como crime ou ofensivo à reputação.

Escrito por Héio Schwartsman, o texto diz que o presidente "prestaria na morte o serviço que foi incapaz de ofertar em vida". O artigo pega carona na notícia de que o presidente Jair Bolsonaro estava com sintomas do vírus chinês (covid-19). Hoje, o presidente confirmou que testou positivo para o vírus e disse também que está sendo medicado com hidroxicloroquina e se sente bem.


quarta-feira, julho 01, 2020

"Cabe a nós a possibilidade do veto", diz Bolsonaro sobre o PL da Censura.

Em conversa com apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro disse hoje (01/07) que, mesmo que a Câmara aprove a PL 2630/2020 (apelidado de Projeto da Censura), cabe à Presidência da República a possibilidade de vetá-lo. Bolsonaro ressaltou que o projeto passou no Senado com uma pequena diferença de votos e acredita que esse projeto "não vai vingar".

"Eu falei com um senador que votou favorável. Ele falou que, como estava na virtual, ele se equivocou", disse o presidente. Segundo ele, outros senadores podem ter se equivocado no voto pelo fato de estarem numa votação realizada virtualmente. "Ninguém mais do que eu é criticado na internet e nunca reclamei. No meu Facebook, quando o cara faz baixaria, eu bloqueio. Direito meu", finalizou Bolsonaro.

Ontem, com um placar de 44 votos a favor e 32 contra, o Senado aprovou o PL da Censura, que pretende estabelecer um maior controle, incluindo mais punições, sobre opiniões publicadas nas mídias sociais, como as plataformas Twitter e Facebook.

Agora, o projeto deve passar por nova votação na Câmara dos Deputados. Se for aprovado, será enviado à Presidência da República. Assim, Bolsonaro terá 15 dias para sancioná-lo ou vetá-lo. O veto do presidente pode ser derrubado, mas é necessário votos da maioria absoluta de deputados e senadores.

Segundo os críticos do projeto, a legislação brasileira já trata de qualquer crime contra a honra feito por meio da internet; e afirmam ainda que esse projeto é apenas uma forma que alguns políticos encontraram para censurar e punir críticas vindas do povo brasileiro.

segunda-feira, junho 29, 2020

No Twitter, 89% confirmam popularidade de Bolsonaro nas redes sociais

Uma disputa virtual contra e a favor do presidente Jair Bolsonaro, ocorrida ontem (28/06) no Twitter, mostrou que 89,4% das manifestações foram favoráveis ao presidente. O dado confirma um índice de popularidade digital, divulgado em fevereiro, que aponta Bolsonaro como terceiro chefe de governo mais popular do mundo.

O confronto de hashtags teve início com um ato antibolsonarista chamado "Stop Bolsonaro", o qual, segundo o site oficial do movimento, teria ocorrido em mais de 20 países, com atos presenciais e virtuais. Usando a tag #StopBolsonaroMundial, o movimento foi respondido pelos apoiadores do presidente com a #GoBolsonaroMundial. O placar foi o seguinte:

 Contra Bolsonaro              Apoio a Bolsonaro
            70 mil                                         596 mil

Os dados foram retirados do site trends24.in no momento em que as tags saíram da lista de tópicos mais relevantes. Segundo o índice de popularidade digital, elaborado pela consultoria Quaest a pedido do jornal O Estado de S. Paulo, Bolsonaro perde em popularidade apenas para Narendra Modi, premiêr indiano, e para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

domingo, junho 28, 2020

Mesmo com Covid, RN presencia menos mortes por doenças respiratórias

No Rio Grande do Norte, apesar da epidemia do coronavírus, o ano de 2020 está presenciando 133 óbitos a menos por doenças respiratórias, ao comparar com o ano passado.

Os dados são do Portal da Transparência e referem-se ao período de 01/01 até 28/06, conforme a tabela abaixo.

ANO       Nº de óbitos
2019       7543
2020       7410

Os dados levantam um questionamento: se, em 2019 a situação estava mais crítica, por que só em 2020 as autoridades públicas parecem preocupadas com quantidade de respiradores e ocupação de leitos de UTI?

quinta-feira, junho 25, 2020

Pesquisa mostra que o Brasil é contra o PL da censura

Imagem criada pelos opositores do projeto de lei 2630/2020

Uma consulta pública realizada pelo Senado mostra que a maioria (54,3%) dos brasileiros é contra o Projeto de Lei 2630/2020, o qual pode ser votado ainda hoje. Apelidado de "Projeto da Censura", o texto impõe um maior controle do Estado sobre a liberdade de expressão nas mídias sociais, como o Facebook, WhatsApp e Twitter.


Imagem retirada da consulta pública da plataforma e-Cidadania, do Senado Federal, cujo resultado mostra mais de 54% dos votos contra o projeto de lei nº 2630 de 2020.

Segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a votação está confirmada para hoje (25/06). "Será um dia histórico", disse ele, durante sessão da última terça-feira. Para muitos críticos do projeto de lei, a fala de Alcolumbre vai contra a vontade popular ao sugerir que a lei seria um avanço para o país.

No dia 19/06, o site do Senado chegou a informar um dado bem diferente: 84% dos brasileiros seriam favoráveis à criação de uma lei que controla as mídias sociais. Porém, essa informação vai contra a consulta pública, mais recente, realizada pela plataforma e-Cidadania, do próprio Senado. A consulta ainda está aberta para receber votos da população no link: https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaomateria?id=141944 .

terça-feira, abril 07, 2020

A maior mentira do mundo

No inverno de 2016-2017, mais de 20 mil pessoas morreram de gripe comum, em apenas em 11 semanas, na Itália. No mesmo período, coisa pior ocorreu em Portugal, onde morreram mais de 4.500 pessoas, também de gripe comum. Na época, a imprensa considerou esses números aceitáveis, apesar de 4.500 ser muita gente. Saiba que Portugal possui apenas 10 milhões de habitantes. Proporcionalmente, é como se tivessem morrido mais de  94 mil pessoas no Brasil, de gripe comum, só em 3 meses.

Pergunto: alguém se importou com os portugueses ou com os italianos? Fecharam países, escolas e confinaram as populações em casa por causa disso? São apenas algumas perguntas. É importante perguntar, pois agora, em 2020, em quase 10 semanas, morreram 17 mil de covid-19 na Itália; e o mundo se acaba. Na verdade, a histeria global já tinha começado antes de a Itália apresentar 3 mil mortes por covid, em 7 semanas.


Entendeu? Por que não houve histeria global quando a gripe comum matou mais de 20 mil pessoas na Itália, em 11 semanas, mas agora houve essa histeria com menos mortes? Medo seletivo? Como um vírus bem menos mortal que uma gripe comum pode provocar uma reação desequilibrada do mundo inteiro?

Talvez você considere que 17 mil também é um número muito elevado. E talvez a cobertura da imprensa tenha feito você pensar que uma terrível tragédia inusitada atingiu a Itália, mas, além de o número ainda ser inferior ao de uma gripe normal, tudo indica que a veracidade da contagem de mortes na Itália é duvidosa.

Segundo reportagem do The Telegraph, Why have so many coronavirus patients died in Italy?, publicada em 23 de março, Walter Ricciardi, o conselheiro científico do ministro da saúde da Itália, afirmou que apenas 12% das mortes divulgadas podem ser consideradas, com certeza, como causadas pelo covid-19.
“A maneira pela qual codificamos as mortes em nosso país é muito generosa, no sentido de que todas as pessoas que morrem em hospitais com o coronavírus são consideradas mortas pelo coronavírus."
“Na reavaliação do Instituto Nacional de Saúde, apenas 12% dos atestados de óbito mostraram causalidade direta por coronavírus, enquanto 88% dos pacientes que morreram têm pelo menos uma pré-morbidade - muitos tiveram duas ou três" ele disse.
É como alguém morrer de derrame e atribuírem a morte a uma gripe só pelo fato de detectarem o vírus da Influenza no organismo. Ou seja, as 17.000 mortes na Itália por covid, na verdade, seriam cerca de 2.000 mortes:


Erros desse tipo estão fazendo o número de mortes ficar muito acima da realidade, demonstrando ou uma grande falta de caráter ou um amadorismo extremo, e também fazendo outros cometerem erros do mesmo tipo. Por exemplo, quem usa os números distorcidos da Itália costuma prever cenários catastróficos no Brasil, que chegam a milhões de mortos. Uma dessas pessoas foi o Átila Iamarino, um youtuber e microbiologista, que, depois de um tempo, admitiu que estava errado nos números absurdos que havia defendido.

Além disso, também é um erro comum pensar que doenças comportam-se da mesma forma em países com características distintas. E é de admirar que pessoas que se dizem microbiologistas não considerem isso em suas previsões apocalípticas. Doenças respiratórias matam muito mais na Europa, com população mais idosa e clima frio, do que em países tropicais. Como exemplo, vamos comparar a França com a Malásia:


Comparando as taxas de mortalidade, podemos dizer que, no mesmo período de tempo, o covid matou 80 vezes mais na França do que na Malásia. Será que a população mais jovem da Malásia e seu clima tropical teve algo a ver com isso?

Há fortes indícios de que, no Brasil, especialmente no estado de São Paulo, também estão contando de forma semelhante à Itália. Um médico que preferiu não se identificar afirmou que um decreto do João Dória, governador de São Paulo, pode destruir as estatísticas:
"Isso destrói as estatísticas usadas para políticas de gestão em saúde. Os falecimentos por infarto, derrame, aneurisma etc. serão classificados como causa indeterminada ou Covid-19."

A prática da contagem de mortes por achismo, sem as devidas autópsias, parece ser a mesma em outros estados brasileiros. A primeira morte registrada no estado de Goiás era de uma senhora com vários problemas de saúde. A causa da morte foi o vírus? É só uma pergunta.


A imprensa não ajuda muito, divulgando casos não confirmados como se o fossem, provavelmente para ganhar mais cliques, visualizações e mais dinheiro de publicidade. Ou seriam casos confirmados pelo achismo? Ninguém mais morre de outras causas. Um exemplo é o falecimento de um desenhista que estava internado por causa de uma doença grave antes de falecer. Quem lê o título da matéria pensa que o indivíduo morreu por causa do vírus. Lendo o texto, vemos que ele estava internado por causa de uma leucemia.


Outro caso que ficou famoso foi o de um borracheiro que morreu num acidente de trabalho, mas em seu atestado de óbito constava pneumonia por covid-19. Por que estão fazendo isso?



O problema é que tudo indica que esses erros não foram corrigidos e ninguém parece preocupado em auditar quem realmente morreu pelo vírus chinês. E, mesmo com números de mortes inflados, os números brasileiros estão muito abaixo dos europeus e até os números europeus não parecem alarmantes se considerarmos a quantidade de óbitos desse ano em comparação com os anteriores. Sim, o covid-19 não foi sequer capaz de aumentar as mortes na Europa, comparando com o mesmo período de anos anteriores:


O gráfico acima é triste. Nele vemos as mortes ocorridas nos países europeus (por qualquer causa), por semana do ano, desde o fim de 2016 até hoje. Percebemos, pela linha verde, que o registro de mortes do inverno desse ano está muito abaixo dos registros dos anos anteriores, especialmente do ano de 2017, quando não houve histeria global nenhuma.

Logo, está claro que tudo isso é uma grande fraude e que muitos estão acreditando na maior mentira do mundo. Os médicos que ousam mostrar a verdade científica, refutando qualquer alarmismo e qualquer necessidade de quarentena total, são taxados como mentirosos e, às vezes, censurados ao vivo, como o Anthony Wong, durante uma entrevista na CNN.


É possível ouvir uma voz feminina sussurrando "corta" enquanto ele fala, por volta de 1 minuto e 10 segundos do vídeo. Após alguns segundos, a entrevista é interrompida pela jornalista Monalisa Perrone sob a desculpa de que o entrevistado não a estava ouvindo. Ninguém acreditou. O episódio é emblemático da situação em que estamos vivendo. Não trata-se de um grave problema de saúde, mas sim de um imenso problema de caráter que desmascara uma intenção política de controle:



Dessa forma, se ignorarmos o teatro apocalíptico e totalitário promovido pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e transmitido 24h pela grande mídia de massa, e se considerarmos apenas os dados do mundo real (e não de modelos matemáticos irrealistas), estamos diante de um cenário que não justifica nenhum tipo de medida de quarentena total – ou qualquer tipo de quarentena na imensa maioria das cidades brasileiras, as quais não possuem nenhum caso da doença.

O pior disso tudo é que o mundo inteiro está morrendo de medo de uma doença que pode ser curada, nos poucos que podem ficar em estado grave, com medicamentos baratos, já conhecidos há muitos anos pela comunidade médica: Hidroxicloroquina + Azitromicina.

domingo, fevereiro 23, 2020

Machismo, assédio ou calúnia?


Em 16 de fevereiro, antes do jogo entre Atlético-MG e Caldense no Mineirão, o mascote do Atlético-MG, o Galo Doido, pegou na mão da jogadora Vitória Calhau e pediu que ela desse uma “voltinha" para a torcida. Ela consentiu. Então, o Galo voltou-se para a torcida e esfregou as mãos, aprovando com entusiasmo o corpo da jogadora.

Logo depois disso, a loucura começou. "Machismo! Assédio!”, gritavam alguns na internet, assim como todos os jornalistas televisivos que eu vi comentarem sobre o caso. A mais exaltada foi a jornalista Márcia Dantas, apresentadora do Primeiro Impacto (SBT), que pediu uma punição extra, além da demissão do rapaz que já tinha sido providenciada pelo clube.



Mas, há um problema aí: será que o Galo Doido cometeu assédio sexual, como os jornalistas disseram? Vejamos. Segundo o Código Penal brasileiro, o assédio sexual ocorre quando uma pessoa constrange outra pessoa com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.

Diante disso, o mascote praticou assédio? Não, nem a pau, mas nem de longe. Dar uma “voltinha” numa mulher para admirar seu corpo é algo bem longe de coagir e ameaçá-la profissionalmente em troca de favores sexuais. A atitude é considerada grosseira em vários círculos sociais, mas falta de respeito não é crime de assédio.

Uma estratégia perigosa
O perigo está no exagero em relação ao que realmente ocorreu. Recorda-nos da história do menino que fingia estar sendo atacado por uma onça, no intuito de fazer uma brincadeira com seus amigos. Ele fez isso tantas vezes que, quando a onça um dia apareceu de verdade ninguém acreditou, ninguém foi ajudá-lo e ele acabou morto. A imprensa e o resto da turminha esquerdista exagera há muito tempo a respeito de casos desse tipo. Alguns atores de Hollywood, como o Keanu Reeves, não encostam nas fãs ao posar para fotos, temendo serem falsamente processados judicialmente por assédio sexual.

O ator Keanu Reeves exibindo as mãos abertas, para não dar margem à processos judiciais de assédio sexual.


O mais engraçado é que grande parte da mídia elogia essa atitude, confundindo o medo de ser processado com o engajamento feminista de respeito ao corpo das mulheres. Será que as fãs realmente gostam de tirar fotos com um ídolo que desconfia delas a todo instante?

Outro exemplo recente ocorreu contra o ator e humorista Jim Carrey. A entrevistadora perguntou se ainda faltava ele conquistar algo de sua "lista de desejos". Ele respondeu: “Apenas você”; e ela caiu na gargalhada. Afinal, ele é um humorista. Porém, foi o suficiente para ser acusado de assédio por muitos.


Transformou-se em estratégia da esquerda usar termos incompatíveis com a realidade no intuito de demonizar o adversário político. Por exemplo, a palavra “homofobia”, na verdade, designa uma condição psicológica de pessoas que sentem “pavor de estar próximo a homossexuais – e no caso dos próprios homossexuais, auto-aversão”. Porém, atualmente, isso perdeu o sentido ao ser utilizada banalmente por razões políticas. Por exemplo, discordar de cotas para homossexuais em concursos públicos é motivo suficiente para ser considerado “homofóbico”, assim como dizer que prefere que seus filhos não sejam gays. Como eu disse, o verdadeiro problema foi banalizado. O mesmo ocorre com os termos “fascismo” e "nazismo", que são usados totalmente fora da realidade. As verdadeiras vítimas do fascismo e do nazismo saem perdendo, pois seus sofrimentos estão sendo usados irresponsavelmente por razões políticas.

Brincadeiras chatas
Voltando ao caso do mascote, podemos dizer que a brincadeira que ele fez com a jogadora seria grosseria em determinados ambientes, mas sabemos que é bastante comum no mundo midiático e bem previsível por parte de animadores de torcida e de auditório, como já o fez diversas vezes o apresentador Silvio Santos. Helen Ganzarolli que o diga.



Os participantes de programas de entretenimento já esperam alguma piada ou uma cantada inconveniente, sejam homens ou mulheres, por parte dos apresentadores, como também já fez inúmeras vezes o apresentador Luciano Huck, embora ele recentemente tenha usado de falso moralismo para acusar uma fala do Presidente da República sobre uma jornalista.



Os mascotes de times são apenas um tipo de Silvio Santos do esporte. Esse comportamento é chato? Muitos alvos das piadinhas e brincadeiras acham que sim, como a própria Vitória Calhau, mas nem todos. Vários entram na brincadeira, pois reconhecem que ali, no show business, o objetivo é entreter quem assiste: a torcida, a platéia, o público. Quem não gosta, melhor nem participar. Um exemplo muito bom disso é a diferença de atitude entre as cantoras Cláudia Leite e Ivete Sangalo diante do Silvio Santos, durante o Teleton.



Enquanto a primeira assustou-se e detestou ouvir as piadinhas do apresentador sobre seu vestido curto, a segunda deu em cima, descaradamente, do Silvio Santos, que nem precisou fazer comentários sobre a beleza da cantora, pois ela já estava animando a torcida, a platéia, o público, no lugar dele. Ivete sabia o que importava ali: ter muita audiência e doações para ajudar as crianças. A outra só estava preocupada em ser respeitada publicamente como uma cantora "empoderada" e não como uma mulher-objeto, embora ela mesma tivesse dado em cima, publicamente, de um dos participantes do programa The Voice Brasil, o qual era casado. A hipocrisia entre essa gente “empoderada" parece ser algo inerente.


O interessante é que, enquanto muita gente acusou Silvio Santos de ter assediado Cláudia Leite, ninguém acusou Ivete Sangalo de ter assediado Silvio Santos. Pense nisso. Mas, uma coisa é não gostar das brincadeiras e piadinhas “machistas" de apresentadores ou animadores de torcida. Outra coisa é a histeria coletiva de acusar falsamente os outros de ter cometido um crime. É esse o nível em que chegamos.

Em meio a essa e outras histórias de acusações levianas de assédio, o que poucos se lembram é que a atitude de parte da imprensa vai além da propaganda política feminista. Ela está cometendo um crime contra a honra, tipificado no Código Penal como calúnia, que é o ato de imputar falsamente a alguém um fato definido como crime. O mascote, no máximo, fez uma brincadeira chata, como era de se esperar de palhaços animadores de torcida e foi escarnecido pela “opinião pública". Já a mídia praticou calúnia e está tudo bem.

Falsas acusações de crime são tratadas com mais seriedade nos Estados Unidos, como percebeu a jornalista Patrícia Lelis. Diagnosticada com mitomania, ela já havia feito falsas acusações de estupro e de ter sido ameaçada, respectivamente, pelos deputados Marco Feliciano e Eduardo Bolsonaro. No Brasil, isso não deu em nada, além de uma grande dor de cabeça para os alvos de suas mentiras. Já nos Estados Unidos, ela foi presa justamente.

Em suma, diante do escarcéu que boa parte da imprensa fez contra o mascote, o homem fantasiado de Galo Doido, assim como todos os outros que já sofreram esse tipo de acusação, poderiam processar todas as pessoas que o acusaram publicamente de ter cometido assédio sexual. E, na minha opinião, ganhariam fácil. Não levar casos desse tipo para a justiça é o mesmo que um inocente ser acusado por um bandido e ainda ser obrigado a pedir desculpas ao bandido. É o mesmo que o poste mijar no cachorro e o fogo apagar a água.

Não é no Brasil

Com base no sociólogo Mark Granovetter (1978), podemos dizer que o comportamento violento de indivíduos durante algumas manifestações pode ...