Prezado Max Gehringer,
Hoje você disse no Fantástico que o protecionismo e a famosa prática do Q.I (quem indique) dentro do mundo do trabalho são naturais, sendo apenas reflexos do uso eficiente de uma rede de contatos. Continuando, você afirmou que as pessoas não deveriam ficar criticando essa realidade, mas integrar-se à ela.
Na verdade a atitude do "se não consegue vencê-los, junte-se a eles" é um exemplo de falta de personalidade e de princípios. E ao contrário do que o senhor nos aconselhou, não é todo mundo que possui "saco" para suportar certos indivíduos apenas por causa de investimento profissional. Então quer dizer que agora eu terei que aturar aquele indivíduo desagradável só por que ele é dono de uma próspera empresa?
Sr. Max, sabemos que o jogo funciona assim (injusto mesmo), mas isso não significa que as pessoas devem demonstrar um sentimento falso por outras em troca de um possível emprego ou promoção. Isso é muito feio, Sr. Gehringer. Além do mais, atitudes assim podem acabar com nossa credibilidade e imagem. Se, por um lado, você pode ganhar uma promoção a longo prazo, por outro lado, em curto prazo, você pode ser visto como: duas caras, bajulador, falsinho etc. E tchau reputação!
Max, eu também sei que a culpa não é toda sua. Mesmo que você saiba muito sobre o mundo corporativo, a televisão não nos proporciona muito tempo para esclarecer as coisas. Lembre-se de que quem se submete à televisão deve ter em mente a sua superficialidade, que muitas vezes deturpa a informação ou a torna insuficiente. Boa sorte da próxima vez.
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Parabéns, Nestor. Infelizmente são poucas as pessoas que notam que o que o senhor Gehringer leciona é o puxa-saquismo e a prática da lembeção-de-bota despudorada. Isso deve ser o legado que esse senhor que apregoa idéias que beiram a idiotia vai nos deixar. Um beócio espertalhão, que fala para um enorme contingente de pessoas que buscam seu lugar ao sol. Pena que o sr. Gehringer seja tão mau exemplo.
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