Há algum tempo ouvi de alguns estudantes de medicina a informação de que alunos do curso estariam trabalhando em jornada de plantão em hospitais municipais do estado, como se fossem médicos formados. Na verdade, essa prática é comum no Rio Grande do Norte e alguns a defendem afirmando que os tais alunos estão nos últimos períodos do curso e que poderiam exercer a responsabilidade, além de alegarem falta de médicos no RN. Mas há o problema ético, pois os pacientes não sabem que os supostos médicos ainda são aprendizes ou estagiários.
Na minha opinião, se o problema não pode ser solucionado de forma rápida, que seja regulamentada essa ilicitude que existe hoje, de forma a torná-la legal e pública, para que os pacientes tomem conhecimento dessa realidade que prossegue no submundo do serviço público da saúde. Ou seja, o que não pode é ver os pacientes continuarem sendo enganados, pensando que estão sendo avaliados e medicados por médicos formados, quando na verdade estão servindo como componentes do aprendizado de um aluno de medicina.
Nossa equipe já está trabalhando nesse caso para a produção de uma reportagem mais apurada.
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