quinta-feira, agosto 18, 2011
Relativismos sexuais e orgulho gay
A maioria, com medo de parecer preconceituosa, cala a boca. Afinal, as pressões da sociedade indicam que o errado é ser preconceituoso. Hoje mesmo eu estava no campus ouvindo um discurso perturbador sobre isso. E percebi que a argumentação se baseava no quesito "construção social". Ou seja, essa história de homem gostar de mulher e mulher gostar de homem seria uma mera construção social. Portanto, como tal, passível de alterações, tendo, assim, seu fim legitimado. Esse discurso do tudo é relativo e nada é certo ou errado é bastante comum entre o pessoal da sociologia.
Isso me lembra da história do cara que é especialista em usar martelos. Quando aparece um problema qualquer, ele vai usar o que ele sabe mais: o martelo, mesmo quando existem ferramentas e métodos mais eficazes. Os sociólogos são mais ou menos assim: para eles, a construção social rege tudo e muda tudo. A realidade é moldada pelo social, inclusive nosso comportamento instintivo, de ordem biológica. Inclusive nossa sexualidade. Pensar assim é previsível. É o que ocorre quando se sabe usar só martelos.
Essas pessoas defensoras do homossexualismo esquecem-se de que a vida como conhecemos na Terra depende de uma relação sexual entre indivíduos de sexos diferentes. Esquecem que o próprio homossexual só existe porque ele tem um pai e uma mãe, homem e mulher, para ser bem claro. E isso é inevitável. Não acho que o homossexual preferisse que seus pais fossem homossexuais e que ele nunca tivesse nascido. Então é isso: defender o homossexualismo como algo correto é defender a não-vida de futuros membros de nossa espécie, sejam homossexuais ou não. De fato, é um bom controlador de natalidade.
Antes de a humanidade poder refletir sobre sua própria existência, antes de ela criar sua realidade social, existia uma realidade da qual ela dependia assim como qualquer ser vivo depende essencialmente: a realidade biológica. Será que essa história de homem gostar de mulher é uma mera criação social arbitrária? Não seria a realidade social influenciada pelas nossas necessidades instintivas básicas de existência como espécie? Vejam os insetos, aves e os demais mamíferos. Será que há, entre eles, uma construção social que os impele a se acasalar com indivíduos de sexo diferente? Isso me faz refletir fantasticamente quais seriam as instituições dominantes da sociedade dos coelhos, pássaros e abelhas que determina, para eles, que eles devem acasalar machos com fêmeas.
Ou seja, chega num ponto em que a ilusão relativista da construção social da realidade acaba. Na verdade, nesse sentido, ela chega a ser ridícula. A realidade não é construída apenas socialmente, mas, também biologicamente. A cultura humana, apesar de ser variada, não pode admitir coisas que vão contra seus próprios instintos. Alguém, nesse momento, poderia afirmar que esse biologismo é também uma mera construção social. Nesse caso, num debate desse tipo, estaríamos perdidos e confusos, limitados a uma eterna discussão sobre o que realmente é real e válido. Se tudo fosse construído socialmente, se tudo fosse relativo, teríamos que concordar que, inclusive, essa própria idéia de que tudo é relativo é, ela mesma, algo relativo.
Dessa forma, divulgar um orgulho gay seria divulgar um orgulho de algo tão banal quanto o fato de ter nascido. No entanto, nem esse seria o caso, já que sua própria existência se deve à uma relação heterossexual, a qual estão tentando desvalorizar. Portanto, quando alguém tem orgulho de ser homossexual, no fim, ele está desvalorizando a sua própria existência. Ou seja, não há nada para se ter orgulho.
terça-feira, dezembro 21, 2010
Artigos científicos publicados em 2010
O PROLONGAMENTO DA JUVENTUDE COMO CONSEQUÊNCIA DAS ESTRATÉGIAS EDUCATIVAS DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS
THE EXTENSION OF YOUTH AS CONSEQUENCE OF EDUCATIONAL STRATEGIES ADOPTED BY BRAZILIAN FAMILIES
PUNIÇÕES SOCIAIS: UMA ABORDAGEM ECONÔMICA DAS SANÇÕES SIMBÓLICAS COMO ORIENTADORAS DAS ESCOLHAS SOCIAIS
SOCIAL PENALTY: AN ECONOMIC ANALYSIS OF SYMBOLIC PUNITION AS A GUIDE OF SOCIAL CHOICE
Em relação ao resto da atividade acadêmica, aguardo a participação em duas bancas de monografia esta semana.
terça-feira, dezembro 14, 2010
Ducha de água fria no WikiLeaks
segunda-feira, novembro 29, 2010
O átomo social
Ando lendo o livro “O átomo social”, de Mark Buchanan, físico teórico, o qual ainda não conclui a leitura, mas que já deu pra perceber que trata-se de uma visão reveladora a respeito do comportamento humano e de como devemos ver o funcionamento do mundo social. Eu pensei que fosse um retorno à ingênua física social do século XIX, mas vejo algo bem diferente.
Apesar de físico, o autor consegue entrar no campo sociológico e econômico de forma satisfatória, criticando os pensamentos e as teorias dos cientistas sociais - especialmente os economistas tradicionais – como algo contraditório, um pouco fora de objetivos eficazes e que não consegue entender ao certo como é que funciona o mundo social. O autor chega a propor um objetivo diverso para os sociólogos: pensem em padrões, não em pessoas; sugerindo um jeito de ver a sociedade semelhante à da visão da física.
Para o autor, o átomo social – isto é, o indivíduo humano – possui três características marcantes e simples, as quais devemos levar em conta para compreender seu comportamento: adaptação, imitação e cooperação.
Por enquanto estou lendo a respeito do átomo imitativo e já estou bastante satisfeito com a obra, que trata de assuntos relevantes para minhas pesquisas: teoria dos jogos, teoria da escolha racional, influência social, biologia evolucionária humana, previsão de comportamento de massa, etc. Repleto de exemplos atuais e interessantes, é um livro empolgante e provocador.
terça-feira, agosto 24, 2010
Do pensamento complexo e da ciência
O pensamento humano é limitado. Talvez até possamos ser criativos hoje, mas essa criatividade é, inconvenientemente, reduzida a um conjunto visível de operações. É algo tão decepcionante que até mesmo enquanto falamos sobre pensamento humano, como faço agora, estou preso à essas limitações das quais falo, tentando livrar-me delas. Portanto, a princípio, estou errado. Sim, estamos todos errados. De cientistas sociais à físicos quânticos, não temos muita certeza de muita coisa. Mas estamos tentando. E são essas tentativas que nos levam a um lugar cada vez melhor – ou não – na luta pela sobrevivência no planeta. O homem não é ruim porque domina a Terra, pois foram as próprias condições de vida na Terra que levaram o homem a desenvolver um tipo específico de pensamento que o leva a um determinado curso de desenvolvimento, seja ele moralmente bom ou não. Além do mais, não há nada mais flexível do que a moral.
Enfim, se, num certo nível, estamos errados em nossas conclusões sobre a realidade, em outro nível estamos completamente corretos. Sim, nossa mente não evoluiria em vão para algo inútil. Nossa forma de pensar busca, ou deveria buscar, nossa felicidade, nosso conforto. E é aqui onde encontramos a dúvida em relação ao papel da ciência. Ela deveria ser usada para melhorar nossas vidas ou apenas como uma ferramenta para destrinchar uma realidade inalcançável? Nossos cérebros são limitados. Eles podem até perceber que existe uma realidade estranha, complexa, ambígua e caótica, mas talvez ainda não esteja preparado para destrinchá-la, pois, quando muito, não passará de tentativas – em vão – de se descobrir algo com olhos erradamente humanos. Nossos olhos são muito mais preparados para visualizar, analisar e combinar elementos mais coerentes, objetivos e ordenados, do que encarar essa verdade complexa e inatingível. No máximo, o que teremos como resultado será uma redução simplista e equivocada de algo bem mais complicado do que podemos imaginar. E estaremos, sem querer, retornando à nossa velha e confortável forma de ver padrões, constantes, causa e efeito: a linearidade no complexo.
segunda-feira, julho 19, 2010
É proibido castigar os filhos
Na mídia brasileira, saiu uma reportagem ontem à noite que defendia o tal projeto de lei, sem refletir sobre o papel da confiança nas famílias e na sociedade em geral; e sem pensar em como essa confiança pode ser recuperada, o que representaria uma economia grande com a aparelhagem do Estado em relação aos custos para a abertura de um processo judicial (incluindo-se aí pagamentos de funcionários públicos, aborrecimentos entre pais e filhos, etc).
Abaixo, um link para uma opinião mais crítica sobre o projeto de Lula, no site do Mídia Sem Máscara:
http://www.midiasemmascara.org/artigos/governo-do-pt/11241-governo-lula-quer-proibir-pais-de-disciplinar-os-filhos.html
terça-feira, junho 22, 2010
E a palestra de Emir Sader?
Sader ridicularizou o papel da imprensa opositora em relação aos níveis de aprovação de Lula. Previsível, pois o cara é de esquerda. Propagandista de Lula. Sader critica a sociedade de consumo, mas usa um notebook Sony Vaio. Elogia a China, esquecendo o sofrimento da população e as liberdades individuais que ele tanto evoca para criticar as “intenções do capitalismo”. No fim, o que há é o interesse pessoal. Nesse discurso de luta contra o neoliberalismo americano esconde-se o interesse. Qual o interesse de Emir Sader em defender o governo Lula de forma quase incondicional? Será que vale à pena fazer resenha do livro desse cara? Tô achando que esse livro é só propaganda eleitoral de Dilma. Falou besteira quando citou a invenção da lâmpada, dizendo que impulsionou a jornada noturna de trabalho (criticando os avanços tecnológicos), esquecendo que o lampião e a vela já existiam há um bom tempo. O Irã pode agir com violência, mas os outros não. Esquece que o Irã ajuda o Hamas, que é um grupo terrorista, com armas.
Não é no Brasil
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