quarta-feira, dezembro 17, 2008

Carnatal 2008

Tudo igual. Reitero o que disse ano passado. A imagem mais marcante não foram as pernas de Ivete ou a empolgação dos foliões. Mas uma senhora de aproximadamente 65 anos segurando a corda de um dos blocos. A procissão dos “cordeiros sub-humanos” foi verdadeiramente emocionante, principalmente quando contrastada com a exibição da alegria comprada por aproximadamente R$ 200,00 ao dia.

sábado, novembro 22, 2008

Voltando: falando de Lula e de cotas

Muito tempo sem escrever aqui. Muitas ocupações. Enfim, retorno, ouvindo Hadag Nachash, para comentar rapidamente sobre fatos que ocorreram nos últimos dias, ou semanas... Faz tempo que não escrevo aqui.

Obama presidente e mais uma de Lula: Vejam o que Lula falou, logo após saber da vitória de Obama: “(..) o Brasil deve se orgulhar da vitória de Obama pois o Brasil é a 2ª maior nação negra do mundo, só perdendo para a Nigéria. É importante ter um negro como presidente dos Estados Unidos da América do Norte”. Duas coisas: 1ª) O Brasil é um país de mestiços, não importa como o povo se identifique: branco ou negro. Qualquer uma das nações africanas possui mais negros do que no Brasil. Não apenas a Nigéria. 2ª) Será que existe um Estados Unidos da América do Sul?

Mais cotas universitárias: Projeto de cotas prevê 50% das vagas em universidade federais para para estudantes que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas. As vagas serão preenchidas com reservas para negros, pardos e indígenas na proporção da população de cada Estado, estipulada pelo censo da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Até entendo cotas para quem precisou ter um ensino médio ruim, mas isso acarreta numa situação nova, pois, com uma base de conhecimento precária, o aluno terá uma dificuldade muito grande para apreender os conhecimentos de nível superior. Isso é o que já ocorre na UERN. Os universitários que entraram pelas cotas possuem um desempenho muito baixo. Segundo um professor da instituição, muitos não sabem nem fazer uma regra de três. Outra coisa, nunca fui a favor de cotas racistas. É como admitir que os “negros” não conseguem competir com “brancos”, no vestibular. Além de isso ser falso, é discriminatório.

quarta-feira, outubro 01, 2008

Igreja Universal vende diploma com assinatura de Jesus Cristo para deficiente mental

A Igreja Universal do Reino de Deus vendeu um "diploma de dizimista" com a suposta assinatura de ninguém menos que Jesus Cristo, para o fiel Edson Luiz de Melo, que é portador de deficiência mental.

Além de uma "chave do céu", também comprada por Edson, a igreja realizou outras promessas extraordinárias em troca do dinheiro da vítima. Diante disso, sua mãe recorreu à Justiça para recuperar o dinheiro perdido.

De acordo com o processo movido por sua mãe, Edson começou a freqüentar a igreja a partir de1996. Desde então era induzido a participar de reuniões sempre envolvendo contribuições financeiras.


A igreja deve devolver mais de R$ 50 mil a Edson, o equivalente a todos os dízimos e doações feitas por ele.

Nessas reuniões, Edson teria sido levado a comprar uma “chave do céu” e, além disso, a vítima chegou a receber um diploma de dizimista assinado por ninguém menos que Jesus Cristo.

Comentário: Nessa igreja, os esforços para se obter lucros passam por cima de qualquer ética, seja ela do céu ou da terra. Não há dúvidas que uma instituição desse tipo não pode trazer benefícios numa sociedade sã, pois, por meio de promessas vazias e forte manipulação, esses indivíduos reduzem a capacidade intelectual e financeira de pessoas que sofrem com problemas que poderiam ser resolvidos através de outra orientação. É de admirar que os membros dessa organização - cientes de seu charlatanismo e de seu objetivo exclusivamente financeiro - durmam tranquilamente sabendo que engana milhares ou até milhões de pessoas diariamente.



domingo, setembro 21, 2008

Ônibus 174: a violência urbana e a saudade do óbvio

É preciso cautela para comentar um filme que ainda não vi, nem sequer está nos cinemas, ainda. Podemos, por enquanto, basear em informações prévias sobre o filme para tecer alguma opinião.


O filme sobre a tragédia do ônibus 174 nos traz uma abordagem preocupante, bem parecida com aquela de Cidade de Deus. O lado do bandido é o ponto. O bandido é o personagem principal. Problemas sociais, a pobreza, a violência urbana e a piedade são pontos evocados como justificação de uma vida criminosa. O bandido é visto como vítima; e a vítima é vista como o quê? No ponto de vista de filmes com esse tipo de abordagem, a vítima morta pelo bandido é apenas uma coadjuvante, tanto do filme como na própria vitimização. A vítima maior é o bandido. A mulher que tentava viver sem violência, numa vida também penosa, é uma vítima menor. Temos pena dela, mas isso é apenas uma conseqüência dos problemas sociais. Esquece-se a culpa do bandido, coitado, vítima primeira da sociedade. Nós somos os culpados. Veja que estranho: segundo esses filmes, a culpa é minha e sua. Nós somos os assassinos. Por favor, me prendam.


É perigosa a exibição e o reconhecimento desse tipo de justificação social do crime. Pobres bandidos. Pobres assaltantes. Pobres assassinos. Pobres estupradores. Vamos ter pena dos criminosos. Parece que o óbvio está cada vez mais distante. Por que não mostramos a vida das verdadeiras vítimas, antes de terem sido finalizadas permanentemente pelo bandido? O sofrimento do bandido foi maior? Quem julga isso?


Tentar viver dentro das normas e longe do crime é difícil. Fácil é chutar o pau da barraca, arranjar uma arma e sair por aí – liberto das normas sociais – praticando a violência primordial: “Pego o que eu quero. Sua vida é minha agora porque eu quero! Passe o dinheiro!” A justificação social do crime facilita mais ainda: “Sou desempregado. Sou pobre. Logo, posso matar para sobreviver”. É a lei da selva - que rege onde não há humanidade - cada vez mais expulsando a lógica da obviedade e do Homem. Está chegando o dia em que não será preciso livrar-se das normas para praticar crimes, pois - segundo a lógica divulgada por esses filme - a sociedade deverá considerar normal tais atitudes, simplesmente por que elas são compreensíveis; como se o fato banal de entender as causas do crime fosse suficiente para amenizar a culpa de seus praticantes. Retornamos à selva. Mas é uma nova selva, agora justificada.


Aqui em Natal uma enfermeira morreu por um bandido que assaltava o ônibus no qual ela se deslocava para ir ao trabalho. O bandido, coitadinho, continua solto, pronto para outros assaltos e outras mortes. Vamos ter pena de quem?

terça-feira, setembro 02, 2008

Motorista que beber pode ficar sem seguro de vida

O motorista que dirigir embriagado e se envolver em acidente pode perder o direito ao seguro de vida. Uma decisão da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça entendeu que a embriaguez pode ser um agravante que libera a seguradora de fazer o pagamento. A decisão foi tomada no processo de uma viúva que reivindicava o seguro.

Foi rejeitado o recurso de Maria Dilza Porto, viúva de motorista, que reivindicava o recebimento da indenização. O STJ referendou decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que já havia isentado a seguradora do pagamento.

A antiga jurisprudência previa pagamento do seguro.

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Não é no Brasil

Com base no sociólogo Mark Granovetter (1978), podemos dizer que o comportamento violento de indivíduos durante algumas manifestações pode ...