A Associação Nacional de Jornais (ANJ), através de nota, lamenta o
assassinato do jornalista Luiz Carlos Barbon Filho, ocorrido no último sábado (05/05), na cidade de Porto Ferreira, interior de São Paulo.
Barbon ficou conhecido nacionalmente após denunciar, em matéria, um esquema de aliciamento de menores na cidade, envolvendo empresário e vereadores. A reportagem chegou às finais do Prêmio Esso de 2003.
Leia abaixo, a íntegra da nota:
“A Associação Nacional de Jornais (ANJ) lamenta e condena o brutal assassinato do jornalista Luiz Carlos Barbon Filho, que desde 2003 vinha fazendo reportagens sobre um esquema de aliciamento de menores no interior de São Paulo.
Há indícios de que Luiz Carlos foi morto em função do trabalho jornalístico que fazia para o Jornal do Porto, o JC Regional e a Rádio Porto FM, da cidade de Porto Ferreira. Foi um covarde crime por encomenda, que vitimou um profissional exemplar e atingiu a liberdade de imprensa.
A ANJ presta sua sincera solidariedade à família de Luiz Carlos, em especial à viúva e aos dois filhos.
É vergonhoso que um jornalista seja morto por exercer sua profissão em favor da sociedade, em defesa dos menores e contra o crime organizado. É lamentável também que as autoridades policiais, apesar das seguidas reportagens de Luiz Carlos, não tenham colocado fim a esse esquema que o acabou vitimando.
A ANJ espera que a polícia cumpra logo seu dever, descobrindo os culpados e encaminhando-os para a Justiça. Crimes como esse devem ser exemplarmente punidos, em benefício de toda a sociedade.
Brasília, 7 de maio de 2007
Nelson Sirotsky
Presidente da Associação Nacional de Jornais”