Há filósofos que enxergam a humanidade como um agrupamento de criaturas de pensamento limitado e com raciocínio distorcido por instintos egoístas. A mídia confirma isso, nos mostrando que esse pensamento não se trata de mera ideologia e chega a representar um dos aspectos mais relevantes de nosso comportamento. No caso Edir Macedo observamos como um homem teve a sorte de ganhar dinheiro aproveitando-se da irracionalidade alheia e o azar de ser descoberto, posteriormente, vítima de seu próprio irracionalismo egoísta, da ânsia de possuir mais e mais poder. Sabemos que se aproveitar da idiotice humana não é privilégio das religiões. Encontramos esse comportamento em quaisquer campos onde reinam as emoções. E se as emoções estão em todo canto, podemos chegar à conclusão de que ainda estamos no escuro. Os tais filósofos teriam razão e não temos para onde correr, a não ser nos esconder por trás das ilusões que nos confortam. Sim. As mesmas que não nos permitem enxergar a realidade, se é que ela existe! Prendemo-nos às prenoções agradáveis. Aquelas mesmas que nos exibe ilusões como bondade, justiça, igualdade e coisas assim.
Edir Macedo apenas faz isso de uma forma lucrativa. Cria ilusões para as pessoas. Ou melhor, vende essas ilusões. Vende-lhes a ignorância e a felicidade. Um pacote agradável ao preço de um dízimo (pelo menos). Ele apenas usa o medo da morte e os tais instintos egoístas para saciar seus próprios instintos egoístas. Mas ele não está sozinho nessa empreitada. Estamos cercados por jogadores desse tipo. Somos um deles. Ficamos iludidos com a ilusão dos outros e assim, nessa interação inevitável, ficamos completamente cegos. Mas Macedo não é um super-homem e é igualmente vítima desse irracionalismo. Tanto que em sua ânsia de poder e dinheiro acabou entrando no campo perigoso da ilegalidade, caindo na armadilha de sua própria ambição, como muitos fazem.
Mas há uma esperança. Não para o Bispo, mas para a humanidade como um todo. Há quem acredite que se conseguimos enxergar, pelo menos, nossa limitação racional, podemos ultrapassá-la ou ao menos tentar isso. Poderíamos, assim, superar nosso irracionalismo?
sexta-feira, agosto 14, 2009
terça-feira, julho 28, 2009
A inveja e a formação de normas sociais opostas à educação
Ao notar um grande número de grupos que simplesmente desprezam o desenvolvimento intelectual como um caminho para a escalada social, comecei a questionar as causas disso. Afastando-se das questões sócio-econômicas, estou procurando saber se normas contrárias ao estudo são formadas com base na inveja em relação a outras pessoas que são consideradas estudiosas. Será que a inveja em relação um objeto pode chegar num nível em que um grupo forma um sentimento contrário ao objeto ou, no lugar disso, o mesmo grupo poderá criar normas para facilitar sua aquisição?
sexta-feira, julho 24, 2009
Palestinos de origem judaica
O caso de palestinos descendentes de judeus e que ocultam sua verdadeira origem e seus costumes, temendo a represálias.
segunda-feira, julho 13, 2009
O medo e o comportamento social
Recentemente, as obras lovecraftianas levantaram o meu interesse sobre o medo. Mas foi através do filme Gangues de Nova York, que minha amiga Nassary emprestou, que tive a idéia de estudá-lo do ponto de vista do comportamento social. Num trecho do filme, um dos personagens principais, o mais controlador e terrível fala que o medo que os outros tem dele é que o faz controlar toda a cidade de Nova York.
De certa forma, isso me remeteu às normas sociais e às sanções sofridas por quem as desobedeça. O medo está diretamente ligado às sanções. Quem não tem medo de uma sanção tem grandes chances de desobedecer a norma protegida por ela. Dessa forma, poderíamos reduzir tudo à seguinte metáfora: é como um pote de ouro protegido por um cachorro raivoso, onde o ouro é o objetivo racionalmente ou naturalmente preferível e o cachorro é a norma social que impede qualquer um de aproximar-se. Se ninguém tiver medo do cachorro, ninguém verá grandes dificuldades em enfrentar o cachorro e conseguir o pote.
Será possível que, se conseguirmos medir a intensidade do medo que as pessoas possuem de desobedecer certas normas, poderíamos prever o comportamento delas em relação a essas determinações da sociedade? Se sim, poderíamos facilmente prever aumentos na ocorrência de crimes ou uma mudança nas próprias normas sociais?
De certa forma, isso me remeteu às normas sociais e às sanções sofridas por quem as desobedeça. O medo está diretamente ligado às sanções. Quem não tem medo de uma sanção tem grandes chances de desobedecer a norma protegida por ela. Dessa forma, poderíamos reduzir tudo à seguinte metáfora: é como um pote de ouro protegido por um cachorro raivoso, onde o ouro é o objetivo racionalmente ou naturalmente preferível e o cachorro é a norma social que impede qualquer um de aproximar-se. Se ninguém tiver medo do cachorro, ninguém verá grandes dificuldades em enfrentar o cachorro e conseguir o pote.
Será possível que, se conseguirmos medir a intensidade do medo que as pessoas possuem de desobedecer certas normas, poderíamos prever o comportamento delas em relação a essas determinações da sociedade? Se sim, poderíamos facilmente prever aumentos na ocorrência de crimes ou uma mudança nas próprias normas sociais?
domingo, junho 07, 2009
domingo, maio 03, 2009
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